segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Documentário Naufrágio encerra ciclo de debates do Café Antropológico


Exibindo FOTO FILM Naufrágio.jpeg 

         Um projeto de educação libertária implantado pelo professor Vilson ‘Neto’ Steffen na Barra da Lagoa é o tema da última edição do projeto Café Antropológico em 2014, na Casa das Máquinas, na Lagoa da Conceição. Com exibição do filme ‘Naufrágio’, de Alex Vaitali e Matias Godio, que aborda a vida e a obra do pedadogo falecido em 2010, o debate cultural coloca em pauta as transformações urbanas e sociais ocorridas na comunidade. A exibição acontece nesta terça-feira (9), às 20 horas, com entrada franca.
Após a apresentação do documentário, as discussões serão conduzidas pelo diretor Alex Vailati e o professor Antonio Alberto Brunetta, que ministra Metodologia de Ensino de Ciências Sociais na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). O evento é organizado pelo NAVI (Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem) e pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, em parceria com a Cinemateca Catarinense.

Educação para o pensamento

         Reunindo fotografias, pesquisas antropológicas e depoimentos de pessoas que conviveram com Steffen, o documentário ‘Naufrágio’ percorre a trajetória do pedagogo, que trabalhou na escola municipal da Barra da Lagoa. Em 52 minutos, o filme aborda as atividades e o pioneirismo do Professor Neto em difundir uma proposta de educação libertária, associada ao contato com a natureza e com a cultura dos moradores da localidade onde fixou residência no final da década de 1970.
         Na convivência com as crianças da comunidade, o professor percebeu a distância entre a abordagem educacional existente na época e a realidade vivida pelos estudantes. Passou então a desenvolver projetos na escola e fora dela, voltados a aproximar os alunos de práticas culturais e ecológicas.
Dedicou-se ao ensino em tempo integral, promovendo também oficinas de capoeira, coral, teatro, artes, entre outras ferramentas atrativas que fizeram da escola um local prazeroso, e ao mesmo tempo um espaço para reflexão sobre temas relacionados às raízes brasileiras e às origens da comunidade.  
Descontente com o desenvolvimento urbano que mudou a paisagem da Barra da Lagoa, a partir de dos anos 1990, atraindo o um grande fluxo turístico para a região, o Professor Neto afastou-se do convívio social, passando a viver em quase completo isolamento. Faleceu em 2010.


Serviço:

O Quê: Café Antropológico / Filme Naufrágio
              (Documentário, 52min, 2014)
Quando: terça-feira (9/12) – 20h
Onde: Casa das Máquinas
           Rua Henrique Veras do Nascimento, 50 – Lagoa da Conceição
           (48) 3232-1514
Quanto: gratuito

Veja o Trailer.
https://www.youtube.com/watch?v=eP2jrNh-OrY

Ficha Técnica

Direção: Alex Vailati e Matias Godio
Câmeras: Alex Vailati, Yuri Rosa Neves, Mauricio Muniz
Áudio: Maurizio Abate
Produção: Marina Moros, Cristhian Caje
NAVI (2014), 52 min.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

HISTÓRICA RODA DE CAPOEIRA DO VÃO DO MERCADO PÚBLICO É REPRIMIDA POR NOVOS COMERCIANTES

  

        Eu passava por acaso, no sábado passado, dia 01 de novembro no vão do Mercado Público.  Era  de manhã, caminhava em direção ao vão do espaço Cultural Luiz Henrique Rosa. Acho que estava com saudade das minhas idas ao Bar do Alvim que agora está lá em Palhoça... Pensei então,  mas nem tudo está perdido, vou conhecer a nova casa de carnes do seu Aurino que fica ali no vão e que me disseram que está muito bem instalada. Aí meu coração ficou mais alegre, pois ouvi uma  música tão familiar, de mais de 25 anos de rodas de capoeira do vão do Mercado. Porém para perplexidade minha, quando cheguei ao local vi uma comerciante, um funcionário/administrador, ou um burocrata qualquer e a polícia tentando tirar a tradicional roda de capoeira do local ...

Os flagrantes, as imagens e os sentimentos são dos próprios
 atores, ou se quiserem,  vítimas deste fato. Ou melhor ainda,
 os resistentes, pois eles continuaram ali, tranquilos,  
cantando, tocando e dançando,  pareciam mais budistas, 
dando um show de resistência e maturidade...
Marcio Vieira de Souza

 

     Mais informações: http://capoeiradailha.blogspot.com.br/ (fotos)


http://jocapoeira.wordpress.com/

Roda do Mercado: Lugar de Resistência!

Roda do Mercado.
Ilha de Santa Catarina.
Lugar de resistência!
Hoje esse lema fez mais sentido do que nunca.
Há mais de duas décadas gingando no Mercado Popular, ainda lutamos pelo direito de produzir cultura no Espaço Luiz Henrique Rosa.
O berimbau mal começou a tocar e a mulher (comerciante) já veio falar pra fazermos a roda em outro lugar. Em tom ameaçador disse que dali iria nos tirar.
Segurança, gente do Mercado, gente da prefeitura e até a polícia veio!
E com muita argumentação continuamos firmes com a roda.
E vamos continuar resistindo, gingando na roda, no espaço público, levando cultura para o povo, com a nossa arte Capoeira,  considerada Patrimônio Nacional, que encanta, mas que ainda não é valorizada pelos que têm poder.
Iê Viva a Capoeira!
Iê Viva o Mercado!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Professoras da UFSC publicam artigo sobre o Bolsa Família em revista internacional



 


As professoras Mara Coelho de Souza Lago,  Rosana de Carvalho Martinelli Freitas e Elizabeth Farias da Silva, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), juntamente com Daniele Lopes L.Wohnlich, da Université de Lausanne (UNIL), Suíça, publicaram o artigo “La ‘Bolsa Família’ sur le terrain: réflexions sur deux déclinaisons locales du programme et sur leurs conséquences pour les femmes ” ( A Bolsa Família in loco: reflexões sobre duas versões locais  do programa e suas consequências para as mulheres)  na Revue Française des Affaires Sociales 2014/3 (nº3).
O artigo é produto de pesquisa interdepartamental e internacional sobre o Programa Bolsa Família, realizada em cooperação entre a UFSC (Brasil) e a UNIL  (Suiça) e teve como objetivo apresentar  resultados de suas pesquisas sobre o Programa, realizadas entre 2009 e 2012, nas cidades brasileiras de Fortaleza e Florianópolis situadas nas regiões Nordeste e Sul do país, com foco em questões de gênero e feministas.
Mais informações: Rosana de C Martinelli Freitas: 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Xadrez: número 1 do Brasil até 12 anos é de Florianópolis









Atleta faz parte da seleção do Clube de Xadrez e tem apoio da FME

A enxadrista número 1 do Brasil na categoria até 12 anos, segundo o ranking internacional da World Chess Federation (Federação Mundial de Xadrez), é de Florianópolis. Fernanda Santoro Boscardin Balbys, estudante do Instituto Estadual de Educação, é a número 75 do mundo. Descoberta há um ano, treina no Clube de Xadrez de Florianópolis, com apoio da Fundação Municipal de Esportes. Detalhe importante: Fernanda começou a jogar xadrez há apenas um ano e três meses.
“Ela absorve bastante os ensinamentos, é assídua, tem o apoio familiar, que é muito importante, tem o talento particular e é muito concentrada”, descreve o historiador Marcelo Pomar, para explicar a escalada rápida da carreira da menina. Ele é técnico do Clube de Xadrez há dez anos e se ocupa pessoalmente do treinamento de Fernanda. Para ela – uma garota miúda, tímida, que praticamente sussurra ao falar e que profissionalmente quer ser ‘desenhista de mangá’ (formato japonês de história em quadrinhos) – “os professores é que são bons”.   
Fernanda foi descoberta no curso de xadrez do Instituto de Educação por outro técnico do clube, Kaiser Mafra, e convidada a aprender e a treinar na própria agremiação, junto às ‘seleções’ que são formadas a partir do circuito escolar. Em 2014, o circuito teve a participação de 380 atletas até 19 anos; destes, 18 fazem parte da seleção especial do Clube de Xadrez de Florianópolis, que vão representar o município nas competições estaduais – por isso, o convênio com a Fundação Municipal de Esportes.
“São atletas da casa”, assegura Pomar, explicando que alguns municípios contratam enxadristas para representá-los. Em 2014, esses ‘atletas da casa’ conseguiram o terceiro lugar nas Olimpíadas Estudantis de Santa Catarina e também o terceiro lugar nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina. O Clube vem formando essas seleções há 21 anos, segundo Marcelo Pomar, e este ano, na categoria até 19 anos, a equipe perdeu apenas uma das sete partidas disputadas.
Vão participar agora, em novembro, dos Jasc (Jogos Abertos de Santa Catarina), mas o técnico ainda não decidiu se Fernanda vai ‘entrar em campo’: como só há limite mínimo de idade – e “o céu é o limite” para o limite máximo, como diz Pomar – é muito provável que a garota tenha de enfrentar enxadristas mais velhas e com muito mais cancha que ela, o que seria contraproducente para sua carreira. De qualquer forma, Fernanda está inscrita e talvez vá apenas para, como o fez nos Joguinhos, ‘conhecer’ o ambiente da disputa.
Marcelo Pomar diz que Santa Catarina tem a segunda melhor estrutura de xadrez do país, perdendo apenas para São Paulo,  e o clube de Florianópolis é um bom exemplo dessa estrutura. “Temos uma das melhores bibliotecas do Estado” sobre o esporte, garante Pomar. Os atletas treinam no próprio clube – que foi fundado em 1963 e tem sede própria no centro da Capital (rua Anita Garibaldi) há 30 anos – ou pela internet, principalmente no site gratuito FICS (Free Internet Chess Server). “A internet é uma ferramenta de que a gente se apropriou há muitos anos”, informa o técnico. “No caso do FICS, as partidas ficam registradas e a gente pode estudar e comentar erros e acertos com os jogadores.”
O Clube de Xadrez de Florianópolis está agora procurando patrocínio para bancar uma equipe no Mundial de Xadrez Escolar, que vai acontecer em Juiz de Fora (MG), em dezembro.

Mais informações, Clube de Xadrez de Florianópolis: 3206-6408
Fotos: Petra Mafalda/PMF
texto:Comunicação PMF pmf.secom@gmail.com

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Maria Helena e Banda em SEXTA ESPECIAL LA BOHÈME CAFÉ

SEXTA ESPECIAL LA BOHÈME CAFÉ  DAS 21:30 À 0.30 H. – 17-10-2014.
Rua Lauro Linhares 1.903 – Próximo da UFSC – Reservas 8822-4970

Maria Helena e Banda com os Clássicos do Samba para ouvir e dançar.

Como aperitivos: saborosas comidas de boteco, padrão La Bohème.


Estamos com problema no envio das mensagens, e esta é uma tentativa de
não deixá-los sem informações.
No Facebook  La Bohème Café  encontrarão mais detalhes.

Antonio e Maria Helena


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Concurso de fotografia da Udesc tem inscrições prorrogadas até 13 de novembro



Com o tema "Conexões: Udesc 50 anos", o Concurso de Fotografia 2014 da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) seguirá com inscrições abertas até 13 de novembro. A sexta edição da seleção distribuirá R$ 16 mil em prêmios, sendo R$ 4 mil para o primeiro colocado.

"As inscrições foram prorrogadas por mais 45 dias para que mais gente possa participar da iniciativa", explica o coordenador de Cultura da Udesc, Ivan Tonon, que recomenda aos interessados lerem atentamente o edital.

Leia a matéria completa em http://www.udesc.br/?idNoticia=11415

Mais informações: Assessoria de Comunicação da Udesc (Ascom) 
(48) 3321-8142/8143

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Florianópolis recebe primeiro cinema solar do Brasil






         Um projeto cultural adota energia limpa e renovável para exibir filmes e divulgar arte pelo Brasil. Depois de passar por várias cidades, o Cinesolar, primeiro cinema móvel do país que funciona com energia do sol, chega a Florianópolis para realizar duas sessões gratuitas do longa-metragem ‘Colegas’, de Marcelo Galvão. As atividades ao ar livre acontecem nesta quinta-feira (2), às 19 horas, na escadaria do Rosário, no Centro, e na sexta-feira (3), no mesmo horário, no Conselho Comunitário da Tapera, com entrada franca.
         Patrocinado pela Genzyme, empresa farmacêutica do grupo Sanofi, o projeto já viabilizou a realização de sessões de cinema em Goiás Velho (GO), Brasília (DF) e alguns locais de São Paulo. Ainda estão na agenda passagens pelo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, além do Festival Curta Brasília, que acontece na capital federal. Em Florianópolis, a iniciativa conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Fundação Franklin Cascaes e Universidade Federal de Santa Catarina.
         Equipado com placas solares e um sistema conversor que transforma a energia solar em elétrica, o Cinesolar possui uma estrutura autossustentável. Além do telão para exibição de filmes, o veículo tem sistema de som, projeção, cabine para DJ e ainda carrega cadeiras para acomodar o público. Desde o início das atividades, em maio, o cinema móvel foi visto por mais de 13 mil pessoas. Nas 90 sessões já realizadas, o projeto gerou uma economia de 220 mil watts, o equivalente a cerca de 400 horas de funcionamento ininterrupto de uma geladeira.
           De acordo com Cynthia Alario, diretora da empresa Brazucah produções e coordenadora do projeto, o Brasil tem um incrível potencial em energias renováveis que podem beneficiar diversos segmentos, inclusive no campo do entretenimento, das artes e da cultura. “Nosso objetivo é, além de democratizar o acesso à produção audiovisual nacional, trabalhar com ações sustentáveis que multipliquem a conscientização ambiental e mostrem a força que a energia solar tem por aqui”, explica.

Serviço:

O quê: Sessão gratuita de cinema com o Cinesolar 
Quando: quinta-feira, dia 2 de outubro, às 19 horas
 Onde: Escadaria do Rosário – Centro
             OBS: Em caso de chuva, a sessão será realizada na E.E.B Lauro Müller,
             na rua Marechal Guilherme, 134 – Centro
 Quanto: gratuito
 Informações: www.cinesolar.com.br

 O quê: Sessão gratuita de cinema com o Cinesolar 
Quando: sexta-feira, dia 3 de outubro, às 19 horas
 Onde: Conselho Comunitário da Tapera (anexo ao posto policial)
            OBS:  Em caso de chuva, a sessão será realizada no Salão Comunitário da
             Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na rua Bernardino João
             Damásio nº 118, Tapera
Quanto: gratuito

Sinopse: Colegas (Direção de Marcelo Galvão)


Colegas é uma divertida comédia que aborda de forma inocente e poética coisas simples da vida através do olhar de três jovens com síndrome de Down apaixonados por cinema. Um dia, inspirados pelo filme Thelma & Louise, eles resolvem fugir no Karmann-Ghia do jardineiro (Lima Duarte) em busca de seus sonhos: Stalone quer ver o mar, Marcio quer voar e Aninha busca um marido pra se casar. Eles partem do interior de São Paulo rumo à Buenos Aires. Nessa viagem, enquanto experimentam o sabor da liberdade, envolvem-se em inúmeras aventuras e confusões como se a vida não passasse de uma eterna brincadeira.

Direção e roteiro: Marcelo Galvão
Elenco: Alex Sander, Alexandre Tigano, Amélia Bittencourt, Anna Ludmilla, Ariel Goldenberg, Breno Viola, Carlos Miola, Christiano Cochrane, Daniele Valente, Deto Montenegro, Elder Torres, Giulia de Souza Merigo, Juliana Didone, Leonardo Miggiorin, Lima Duarte, MarceloGalvão, Marco Luque, Maytê Piragibe, Monaliza Marchi, Nill Marcondes, Oswaldo Lot, Pedro Urizzi, Rita Pokk, Roberto Birindelli, Rui Unas, Simone Teider, Theo Werneck

Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Classificação: Livre
Informações: www.cinesolar.com.br


Contatos para entrevista: 
Dilney Carvalho (Peri) / UFSC 
(48) 9937-9248

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Flagrantes da Mostra Inclusiva da UDESC

A Mostra Inclusiva promovida pela UDESC (parceria CEAD-CEFID), no dia 25 de setembro, foi um sucesso!
Foi realizada com a colaboração da Associação Catarinense para Integração do Cego –ACIC, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Associação Caminhos para a Vida, Laboratório de Educação Inclusiva/CEAD/UDESC e profissionais independentes.
Teve mais de 100 visitantes que neste dia,  puderam vivenciar a arte como expressão  de sentimentos e conviver com as diferenças. Nas palavras de Nise da Silveira,
“Em vez dos impulsos arcaicos exteriorizarem-se desabridamente, lhe oferecemos o declive que a espécie humana sulcou durante milênios para exprimi-los: dança, representações mímicas, pintura, modelagem, música...Será o mais simples e o mais eficaz.”
Agradecimentos e mais informações: https://www.facebook.com/lediudesc.


























Fotos: Solange Cristina da Silva

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Bar do Alvim, ponto de encontro em Florianópolis, inaugura dia 18 em Palhoça



"Cliente é quem faz o bar", diz com a experiência de quase 60 anos atrás do balcão

Bar do Alvim, ponto de encontro em Florianópolis, inaugura dia 18 em Palhoça Charles Guerra/Agencia RBS
Depois de 57 anos no Mercado Público de Florianópolis, o novo espaço localiza-se no Centro de PalhoçaFoto: Charles Guerra / Agencia RBS
Da esquina número 1 do Mercado Público de Florianópolis para o encontro das ruas Orlando Tancredo com Capitão Augusto Vidal, no centro de Palhoça. Ali, 18 quilômetros além das pontes Ilha e continente, renasce o Bar e Fiambreria do Alvim. As portas serão abertas ao público sexta-feira, 19. Um dia antes, às 20h, ocorre a inauguração do ponto localizado no prédio da antiga Panificadora Santista. Aos clientes conquistados nos 57 anos em que esteve atrás do balcão do Boxe 1, memorável ponto de encontro de nativos e turistas, o recado de Alvim Nelson Fernandez da Luz, 72 anos:
— Só tem uma coisa diferente de lá, o espaço. Eram 56 metros quadrados e agora são 306 metros quadrados. As porções, os petiscos e o chope gelado estão garantidos.

 
Foto: Charles Guerra / Agência RBS
Quem chega já é surpreendido por um deque sobre a calçada da Orlando Tancredo. No alto, painéis com antigas fotografias. Na parte interna, dois espaços. O primeiro salão tem lugar para 50 mesas. O segundo é um pouco menor e funcionará como reservado para festas — com choperia exclusiva para mais conforto dos fregueses. Nas paredes, retratos da Florianópolis de antes, dos tempos em que a água do mar trazida pelo vento batia na porta do boxe demolido no processo de revitalização do Mercado Público. O empresário não venceu nenhuma das duas licitações realizadas pela prefeitura para reorganizar os boxes. 

Exceto o espaço mais amplo, o resto continuará quase igual ao Boxe 1. A equipe de funcionários é a mesma. O garçom Marcelo Vidal, que por 20 anos serve a freguesia, virou sócio. Assim como a esposa dele, Silvana Wagner, a qual se mantém no comando da cozinha. Ao casal, inclusive, foi feita uma exigência pelo comandante Alvim: morar no andar superior. Por falar em acessos, aquele velho elevador erguido com correntes e que muitas vezes enguiçou no sobe e desce levando cliente para o banheiro está guardado como peça de museu. 

Além de não combinar com o ambiente "meio fresco", como brincará Mestre Rato, o novo bar segue as exigências legais. Possui sanitários distintos para homens, mulheres e cadeirantes. 

— Não é chique não, pois os manezinhos não gostam de luxo. Gostam é de coisa elegante — compara Simone Fernandes da Luz, filha e sócia, e que com o filho Alvim Fernandes assume o caixa e a parte administrativa da empresa.

— Eu? Eu continuarei pesando bacalhau, dando uma olhada na cozinha, conversando com os clientes e amigos — avisa o bigodudo Alvim.

Por enquanto, o horário de funcionamento será das 10h às 22h. Como o próprio Alvim diz que "é o cliente que faz o bar", a turma mais boêmia pode manter a esperança: os bombeiros deram autorização para até as 23h59min.

"Procuro não ter mágoas"
O tradicional Bar do Alvim nasceu Fiambreria do Espinoza. A história durou 57 anos, desde que o pai comprou da prefeitura o espaço no Mercado Público de Florianópolis. No começo funcionava como açougue, mas o serviço foi ampliado para atender a clientela. Apesar de empolgado com a nova casa, o comerciante ainda se emociona quando fala do antigo lugar onde trabalhou por décadas e cultivou amigos.
Diário Catarinense — Foi difícil você deixar o Mercado Público depois de tantos anos. Como você se sente vendo o novo espaço quase pronto?
Alvim Nelson Fernandez da Luz — A emoção é grande. Nós não tivemos a mínima chance, quando vimos o processo estava todo andando.
DC — Alguma mágoa?
Alvim — Procuro não ter. Eu sei o que sou e o que posso ser.
DC — Você acredita que a clientela moradora na Ilha virá para curtir o bar?
Alvim — O nosso boxe era ponto de encontro para muita gente que só conversava lá. Já tem alguns vindo aqui nos abraçar e dizer que nunca mais viram fulano, beltrano. Eu convido a todos a retomarem isso.
DC — Com a experiência de tantos anos: é o bar que faz o cliente ou o cliente que faz o bar?
Alvim — Eu acho que o cliente é que faz o bar.
DIÁRIO CATARINENSE



    http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2014/09/bar-do-alvim-ponto-de-encontro-em-florianopolis-inaugura-dia-18-em-palhoca-4597046.html

    sexta-feira, 29 de agosto de 2014

    Edgar Gonçalves Jr. ao editor-chefe do DC: Cuidado! Catarina, a Santa, costuma se vingar daqueles que usam seu Santo Nome em vão



    Sr. Edgar Gonçalves Jr.
    Editor-chefe do DC

    No mês de julho o Diário Catarinense extinguia a coluna Contexto, (página 3 do Variedades), tradicional reduto de cronistas catarinenses. Morriam, na ocasião, para os leitores do DC: Amilcar Neves, Fernanda Lago, Ivo Müller e Victor da Rosa. Como também não sobreviveram Urda Klüger, Flávio José Cardoso, Dennis Radunz, Fábio Brüggemann e tantos outros.
    Em seguida, o brilhante jornalista Marcos Espíndola, catarinense de Itajaí, era despedido da Contracapa do DC, em marcante crônica de adeus. Em 20 de agosto, a pretensiosa jornalista Carol Macário, alegando jogar mX%$# no ventilador para arejar mentes e trazer frescor à produção intelectual de Santa Catarina, recomendava a leitura da revista Merda Magazine. Finalmente, no último dia 24, Rafael Martini anunciava com alegria o retorno ao time de colunistas do DC de Luis Fernando Veríssimo, o gênio das palavras, em suas próprias palavras. Substituía o talento de Juarez Machado.
    Se não for guerra declarada aos catarinenses, aparenta ser! Xenofobia de nossa parte? Alguém ousaria imaginar algo semelhante no Zero Hora de Porto Alegre.
    Cuidado! Catarina, a Santa, costuma se vingar daqueles que usam seu Santo Nome em vão.
    Atenciosamente,

    João Carlos Mosimann
    Escritor e historiador

    De: João Carlos Mosimann <mosimannjc@gmail.com>
    Data: 28 de agosto de 2014 19:47
    Assunto: DC
    Para: Edgar Goncalves <edgar@diario.com.br>