quarta-feira, 3 de julho de 2013

KIko Ortiga: a licitação do Mercado público 2

Pessoal, pra ser sincero não estou com muita disposição para ficar me alugando com a questão do Mercado Público. Em todo caso estou criando esse grupo para notícias e tais sobre a questão. Sabe la, logo a gente se adapta aqui e/ou ali nas manhãs de sábado e toca a ficha. Mas vamos ver se organizamos algo. Sinceramente, a vontade é de deixar que cada um encontre seu espaço, sua tribo, sua sintonia no novo Mercado e um abraço. Tenho minha vida para tocar e não ganho nada com isso. Mas vamos lá.
 
Todos vocês receberam na semana passada email explicando o equívico da prefeitura, não com a licitação, mas com algumas alterações do novo mix do Mercado, que, entre outras coisas, prevê para o ponto/box onde hoje está o Zezinho uma quitanda de frutas e verduras. Esse é o nosso questionamento e nada mais.
 
Com todo o respeito que merece o Zé, meu amigo de decadas, que praticamente me pegava no colo quando ainda menino eu ia com meus pais ao mercado, mas a questão é a descaracterização do ponto e só. Vejam que nem aqui nem no Facebook estamos chorumingando a saida do Zé, mesmo que o corte aplicado tenha sido na nossa carne. A questão é o calar do espaço popular mais democrático da cidade. O Alvin Spinoza, por exemplo, também se foi mas ali vai continuar bar. E como disse o Fábio semana passada, de um lado uns estarão tomando um chope e do outro alguém vai estar chupando laranjas e comprando tomates. 
 
Sábado passado ficou meio que combinado de agendarmos uma reunião para uma pauta. Vamos procurar os vereadores, os secretários, quem sabe ate o prefeito e o vice com nossa queixa. Por favor, quem quiser participar, sugerir algo, etc, manifeste-se. Vamos precisar de todo mundo. Um mais um é sempre mais que dois. Quem quiser sair dessa lista de email apenas retorne com um 'excluir'.
 
O fuzil que disparou o tiro fatal contra o Miramar, o Ponto Chic e outros espaço populares está agora apontado para o Mercado Público. E a pergunta que eu deixo a vocês ate abrir esse email de novo é se vamos ficar calados e deixar que isso aconteça?
 
Kiko

 Henrique (Kiko) Ortiga
 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Websérie catarinense para crianças é lançada na 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis


 
Os episódios da Turma do Papum, com bonecos e animação, têm conteúdo inédito no Brasil e estimulam as crianças a desenhar
 
A Turma do Papum na web tem estreia marcada para este sábado, 29 de junho, quando começa a 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, no Teatro Governador Pedro Ivo. Durante os três finais de semana da Mostra, a websérie será apresentada em um espaço expositivo e o público poderá assistir aos primeiros episódios e conversar com os diretores e a equipe do projeto. A primeira websérie catarinense dirigida a crianças é uma realização da Contraponto, produtora audiovisual de Florianópolis, do Studio Sérgio Tastaldi, dedicado ao teatro infantil e criador dos personagens da Turma do Papum, e o Instituto Sapientia, especializado em inovação e indústria criativa.
 
Dirigida por Sérgio Tastaldi e Mauricio Venturi, a websérie Turma do Papum foi idealizada para um público específico: crianças de 3 a 7 anos. Com episódios de 5 minutos, a série audiovisual vai incentivar a criançada a desenhar e a se divertir no mundo mágico do Professor Papum e seu assistente Lápis Doidinho. O Professor Papum nasceu no teatro em 1995. Carismático e dinâmico, ele estreia seu programa na web. A cada episódio, a dupla de protagonistas recebe a visita de um amigo atrapalhado com um desafio para ser solucionado, que o Papum resolve rapidamente. “Afinal, comigo é assim: pa-pum!”,  diz o personagem sempre bem-humorado.
 
Bonecos, animação e música
 
A direção artística da websérie Turma do Papum é de Sérgio Tastaldi, dramaturgo, criador de bonecos e diretor de teatro infantil. A produção dos episódios mescla a técnica de manipulação de bonecos em látex, e outros materiais, com desenho animado, trilha original e efeitos especiais. A concepção dos roteiros e cenários transita entre a linguagem televisiva e o teatro infantil. 
 
“Na web, assim como no palco, temos duas preocupações: a qualidade das mensagens para o público infantil e o modo com que apresentamos esse conteúdo. Estamos sempre atentos a essa responsabilidade. Além disso, buscamos utilizar nas nossas histórias elementos leves, coloridos, ritmados e curiosos. Acima de tudo, é com grande alegria que produzimos e interagimos com as crianças”, diz Sérgio Tastaldi, que há mais de 35 anos trabalha com o universo infantil.  
 
Identificamos uma lacuna nos formatos de webséries que vêm crescendo no Brasil dedicados à infância. Queremos propor uma ferramenta para a educação e o entretenimento de nossas crianças. Desde muito pequenas elas já estão manipulando dispositivos móveis, e os pais ficam perdidos ao procurar boas referências para apresentar a seus filhos, principalmente quando falamos em conteúdo produzido no Brasil”, diz Mauricio Venturi, que além de produtor executivo da Contraponto é um pai atento ao que os filhos de 7 e 9 anos buscam na web.
 
Inovação e economia criativa
 
Carlos Somaggio, diretor do Instituto Sapientia, acredita no potencial do projeto e prevê desdobramentos ligados às novas mídias. "Certamente vamos aproveitar os carismáticos personagens da Turma do Papum para criar conteúdos digitais, como games e apps para smartphones e tablets. A websérie Turma do Papum é a ponta do iceberg". 
 
A metodologia que orienta a equipe da Turma do Papum segue as três principais ações que as crianças e adultos desenvolvem quando se entretêm a favor do aprendizado: envolvimento, interação e imersão. "Cada cena da websérie é marcada por humor e ludicidade, entrando em sintonia com a forma como as crianças buscam se envolver com as coisas do mundo", avalia Gilka Girardello, professora do Centro de Educação e coordenadora do Núcleo Infância, Comunicação e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina.
 
Os episódios inéditos da Turma do Papum estarão disponíveis no site www.turmadopapum.com.br, no canal do Youtube www.youtube.com/turmadopapum, facilitando o acesso a dispositivos móveis. A fanpage da websérie facebook.com/turmadopapum também será um meio de comunicação com o público.
 
SERVIÇO
 
O QUÊ: pré-estreia e exposição da WEBSÉRIE Turma do Papum na 12ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, www.mostradecineinfantil.com.br
QUANDO: dias 29 e 30 de junho, 6, 7 e 13 de julho
ONDE: no Centro Administrativo do Governo de SC, Rodovia SC-401, 4600, Km 5 – Saco Grande, Florianópolis 
 
FOTOS EM ALTA RESOLUÇÃO PARA DOWNLOAD
 
+ informações WEBSÉRIE Turma do Papum
Mauricio Venturi _ diretor (Contraponto)
(48) 3334 9805 . 8411 6229 • mauricio@contraponto.tv
Sérgio Tastaldi _ diretor artístico (Studio Sérgio Tastaldi)
(48) 3335 0005 . 9994 0044 • papum@turmadopapum.com.br 
 
contato _ comunicação 
Kátia Klock (48) 3334 9805 . 9989 4202 | katia@contraponto.tv
 
FICHA TÉCNICA
direção . Sérgio Tastaldi e Mauricio Venturi
produção executiva . Márcia Pagani . Mauricio Venturi . Carlos Somaggio
coordenação de produção . Lene Venerio
bonequeiros . Sérgio Tastaldi . Márcia Pagani . Khalid Prestes . Rahima Leung . Isabela Savastano
direção de fotografia . Edison Fattori
montagem . Paulo Calasans e Joel Lisbona
trilha musical . Isaac Varzim . Marcos Rocha . Onda Sonora . Ricardo Fujii
animação e finalização . Paulo Calasans . Joel Lisbona . Marcelo Buti
assistência de produção . Alessandro Danielli . A. Scarduelli Jr.
comunicação . Kátia Klock

Movimentos de comunicação marcam ato na sede da Rede Globo em São Paulo

26/06/2013 |
Por Gisele Brito, da RBA.
RBA
Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (26) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente, cerca de 100 participantes decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).
A insatisfação popular em relação à mídia foi marcante nas recentes manifestações populares em São Paulo. Jornalistas de vários veículos de comunicação, em especial da Globo, foram hostilizados durante os protestos. No caso mais grave, um carro da rede Record, adaptado para ser usado como estúdio, foi incendiado.

Na plenária de ontem, o professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo, Pablo Ortellado, avaliou que os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a revista Veja e a própria Globo, por meio de editoriais, incentivaram o uso da violência para reprimir os manifestantes. Mas em seguida passaram a colaborar para dispersar a pauta de reivindicações que originaram a onda de protestos, ao incentivar a adoção de bandeiras exteriores à proposta do MPL – até então restrita à revogação do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,20.
Os movimentos sociais, no entanto, ainda buscam uma agenda de pautas concretas para atender a diversas demandas, que incluem a democratização das concessões públicas de rádio e TV, liberdade de expressão e acesso irrestrito à internet.
“Devíamos beber da experiência do MPL (Movimento Passe Livre) aqui em São Paulo, que além de ter uma meta geral, o passe livre, conseguiu mover a conjuntura claramente R$ 0,20 para a esquerda”, exemplificou Pedro Ekman, coordenador do Coletivo Intervozes. “A gente tem que achar os 20 centavos da comunicação. Achar uma pauta concreta que obrigue o governo federal a tomar uma decisão à esquerda e não mais uma decisão de conciliação com o poder midiático que sempre moveu o poder nesse país”, defendeu.
"A questão é urgente. Todos os avanços democráticos estão sendo brecadas pelo poder da mídia, que tem feito todos os esforços para impedir as reformas progressistas e para impor uma agenda conservadora, de retrocesso e perda de direitos", afirmou Igor Felipe, da coordenação de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A avaliação é que apesar de outras conquistas sociais, não houve avanços na questão da democratização da mídia. "Nós temos dez anos de um processo que resolveu não enfrentar essa pauta. Nós temos um ministro que é advogado das empresas de comunicação do ponto de vista do enfrentamento do debate público", disse Ekman, referindo-se a Paulo Bernardo, da Comunicação.
Bernardo é criticado por ter, entre outras coisas, se posicionado contra mecanismos de controle social da mídia. "Eu não tenho dúvida que tudo isso passa pela saída dele. Fora, Paulo Bernardo!", enfatizou Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC e coordenador do programa Praças Digitais da prefeitura de São Paulo.
Amadeu acusa o ministro de estar "fazendo o jogo das operadoras que querem controlar a Internet" e trabalhar para impedir a aprovação do atual texto do Marco Civil do setor. "Temos uma tarefa. Lutar sim, para junto dessa linha da reforma política colocar a democratização", afirmou.
A secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, enfatizou a importância da campanha de coleta de assinaturas para a proposta de iniciativa popular de uma nova lei geral de comunicação.
O projeto trata da regulamentação da radiodifusão e pretende garantir mais pluralidade nos conteúdos, transparência nos processos de concessão e evitar os monopólios. "Vamos levá-lo para as ruas e recolher 1,6 milhão de assinaturas. Esse projeto não vem de quem tem de fazer – o governo brasileiro e o Congresso –, mas virá da mão do povo", disse.

http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=912532

Opinião: Kiko Ortiga e a licitação do Mercado Público

 
 
 
Alô, Floripa...
(copiado do meu Facebook)  por Kiko Ortiga  kiko@floripa.com.br

Meus amigos, lugares não vão faltar, bares, especificamente, para as nossos encontros das manhãs de sábado. Floripa tem isso aos montes, e o próprio Mercado continuará tendo. Mas calma la!

Certamente nosso Mercado Público precisava mudar. Sem dúvida alguns (não se sabe quantos, talvez muitos) comerciantes precisam ir embora. A cidade merece um Mercado com novos ares, novas caras, regulamento, etc, etc, etc. Ponto. Acontece que junto com a licitação (tão esperada pela cidade - ja em fase de anuncio dos novos permissionários), a prefeitura realizou, também, o estudo e a implantação do novo míx, uma nova classificação, numeração e distribuição de atividade dos boxes, que, sem dúvida alguma é muito interessante, mas que não resolveu os problemas, muito pelo contrário, acabou criando outros.

Sabemos que esse novo mix foi baseado em pesquisas em diversos mercados públicos pelo Brasil, buscando, entre outras coisas, no caso aqui de Florianópolis, acabar com uma ala inteira de calçados, por exempo, levando para o mercado cultura local/regional, maior diversificação de produtos, etc. Ate ai tudo bem.

Ocorre que com essa nova distribuição todos os boxes internos da ala Sul, ou seja, desde o box 36, na entrada em frente ao camelô (hoje bar do seo Zezinho), ate a peixaria do Nelson Santos, que dá acesso à entrada do vão central (para melhor identificação, o corredor interno da ala do aterro, no lado onde hoje está o Box 32), serão, todos, especificamente, hortifrúti. Prova clara que há equívocos em parte dessa nova classificação é que inúmeros boxes não receberam propostas na licitação, entre eles mais de dez de hortifrúti.

Eu, frequentador daquele espaço nas manhãs de sábado, sempre deixei clara minha posição a favor da licitação, e inclusive tive problemas dizendo isso abertamente diante de alguns amigos comerciantes. Mas, calma la, licitação é uma coisa e a descaracterização que querem fazer (mais ainda ou pior que um corredor todo de calçados) outra bem diferente. Se a preocupação era com o excesso de calçados, o tal novo mix cometerá outra agressão alterando algumas coisas que ja estão no cotidiano da cidade. Isso se dá pelo simples fato dessas decisões serem tomadas em gabinetes fechados por pessoas que não frequentam o Mercado. Alias, que não frequentam e não passam nem pelas cercanias porque não gostam do cheiro, não se identificam com essas coisas.

A cidade e boa parte dos turistas que aqui chegam conhecem aquele espaço como ponto de encontro de nativos, moradores e visitantes. Nesse caso  estamos falando especificamente do (hoje) box 36, na porta em frente ao Camelódromo, que com a nova distribuição será transformado numa quitanda de frutas e verduras. A mesma arma que disparou o tiro fatal no peito do Ponto Chic está agora apontada para o Mercado Público. A cidade precisa reagir. Há outros interesse por trás disso. Se o comerciante/permissionário amanhã será João, José ou o Manoel não é o que estamos questionando, com todo o respeito e agradecimento ao sr Zezinho que por décadas esteve ali. O questionamento aqui não diz respeito à licitação, mas as mudanças (ou parte dela, brusca) do novo mix. A coisa em questão é pública. O Mercado Público deve,obrigatoriamente, ser pensados para a cidade, para os nativos e para os turistas. Outros interesses não podem falar mais alto.

Nosso Mercado precisa, sim, e graças a Deus chegou, de uma nova fase, com regulamento, horário, etc. Precisa, por exemplo, que todos os comerciantes aceitem cartões (hoje poucos aceitam). Precisa de bons sanitários, segurança, e o principal de tudo, TER A CARA DA CIDADE, e estão querendo tirar isso na marra por conta de outros interesses, e por decisão de pessoas que não conhecem o Mercado.

Estamos mobilizando os amigos para que fiquem atentos. Vamos precisar de todo mundo (um mais um é sempre mais que dois), para um grito, e se for preciso vamos pras ruas também contra o fim de mais um ponto de encontro da cidade, como ja lembramos aqui, fizeram com o Ponto Chic e tantos outros. A cidade precisa abrir os olhos. Licitação e uma coisa, e o que querem fazer com o Mercado Público outra coisa diferente.

É claro, sempre soubemos disso, que tem gente que passa ali e fica louco para acabar com aquilo. Gente infeliz, que não consegue ver os outros alegres, amigos reunidos. Gente que não bebe uma cerveja para não engordar, ou porque a mulher não deixa, ou porque porque toma remédios, não tem saúde, enfim. Pouco nos importa, coitados, as infelicidades deles. O que eles não podem (e comigo nunca conseguirão) é interferir na nossa alegria. Não é possível que o poder público municipal tenha sintonizado a frequência desses infelizes, coitados. Ainda assim, se não conseguirmos reverter a decisão quanto o ponto em questão, eles não conseguirão acabar com todos os bares do Mercado, "com o nosso jardim", parafraseando Che.  

O que é isso? Lei? Licitude? Estamos falando de coisa pública. Onde é que está escrito que a lei precisa vir contra o lazer, a descontração e o bem estar das pessoas? Muito pelo contrário.

Licitação, sim! Mas o novo mix do Mercado Público de Florianópolis não pode espantar nativos e moradores por conta de outros interesses.

Aguardem que vamos fazer barulho. E que o nosso barulho não seja confundido com o que fizeram os antigos comerciantes. São claramente distintos os intereses. 
 
Kiko
ps:
Só para que deixar claro - se é que ainda não ficou - que eu não estou preocupado com a saída do Zezinho (porque eu sei que tem gente pensando isso), ele sequer entrou na licitação, e nos já sabíamos disso há muito, muito tempo. Eu, pelo menos, desde 2011. 
KIKO

FNDC REPUDIA DECLARAÇÕES DO MINISTRO PAULO BERNARDO Á REVISTA VEJA

28/06/2013 |
Coordenação Executiva do Fórum
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Nota pública  
Em meio a uma série de manifestações legítimas realizadas pela população brasileira por transformações sociais, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) continua atuando e contribuindo com a luta pela democratização dos meios de comunicação, pauta expressa continuamente pela população nas ruas. Em todos os estados do país, acontecem manifestações e assembleias populares que expressam o descontentamento do povo com a mídia hegemônica brasileira.
A situação de monopólio das comunicações no Brasil afeta diretamente a democracia nacional, e possibilita que grupos empresariais de comunicação manipulem a opinião pública de acordo com seus próprios interesses. Isto ficou mais do que claro nas últimas semanas: a grande mídia criminalizou os protestos durante as primeiras manifestações e depois partiu para a tentativa de ressignificação dos movimentos, com o objetivo de pautar as vozes das ruas.
Apesar desses fatos, o Ministério das Comunicações insiste em não propor ou apoiar a regulamentação dos meios de comunicação no Brasil. E mais: tem se apresentado como guardião dos interesses dos próprios donos da mídia. A fala do atual ministro, Paulo Bernardo, em entrevista à revista Veja desta semana, é uma afronta aos lutadores históricos pela democratização da comunicação e à população brasileira como um todo.
O ministro valida, na entrevista, a teoria conspiratória de que “a militância pretende controlar a mídia” e, novamente – não é a primeira vez que se vale desse artifício –, tenta confundir o debate da democratização das comunicações ao tratar a proposta popular como uma censura à mídia impressa.
Ora, é de conhecimento público que o projeto de Lei da Mídia Democrática, um projeto de iniciativa popular realizado pelos movimentos sociais para democratizar as comunicações no Brasil, não propõe a regulação da mídia impressa, muito menos a censura. É uma proposta de regulamentação para o setor das rádios e televisões no país para a efetiva execução dos artigos 5, 220, 221, 222 e 223, que proíbem, inclusive, os oligopólios e monopólios no setor. No Brasil, 70% da mídia no Brasil são controlados por poucas famílias, que dominam os meios de comunicação, que são concessões públicas. Dessa maneira, estabelecer normas não é censurar, mas garantir o direito à liberdade de expressão de todos os brasileiros e não apenas de uma pequena oligarquia.
Ao se posicionar contrariamente ao que definiram a nossa Carta Magna e as deliberações das 1ª Conferência Nacional de Comunicação, Paulo Bernardo despreza as vozes que ecoaram em todas as ruas nas últimas semanas e de todo conjunto da sociedade civil de nosso país, que há meses definiu a democratização das comunicações como uma de suas bandeiras principais de luta.
Diante desses acontecimentos, o FNDC vem a público repudiar o posicionamento do ministro e informar que, nesta semana, protocolou mais uma vez um pedido de audiência com a presidenta Dilma Roussef (o primeiro foi enviado em setembro do ano passado),que abriu sua agenda para receber os movimentos sociais brasileiros, para apresentar a campanha “Para Expressar a Liberdade”, o projeto de Lei da Mídia Democrática.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Documentário sobre a produção orgânica é exibido na Bio Brazil Fair



O documentário Brasil Orgânico está na programação da Bio Brazil Fair | BioFach América Latina, feira de negócios que reúne os principais produtores, fabricantes e distribuidores do mundo orgânico no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, de 27 a 30 de junho. A exibição do documentário (58min) acontece nesta sexta 28, no Auditório da Bienal, às 18h30, e encerra o 9º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável.
 
Realizado pela Contraponto, de Florianópolis (SC), é dirigido por Kátia Klock e Lícia Brancher, com a consultoria do agrônomo João Augusto de Oliveira. O documentário passeia pelas regiões, apresentando a diversidade de culturas, paisagens, ecossistemas. A equipe viajou orientando-se pelos biomas: Pantanal, Amazônia, Pampa, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. Brasil Orgânico é informativo e também provoca a reflexão sobre o que comemos e os riscos da agricultura convencional.
 
Lícia Brancher, codiretora e agrônoma, estará presente na feira para acompanhar também o lançamento de uma nova versão do DVD do Brasil Orgânico. O projeto Organics Brazil, que promove a exportação de produtos brasileiros, distribuirá o documentário em outros países.
 
O DVD Brasil Orgânico está disponível em livrarias e lojas especializadas. O documentário, realizado através da Lei do Audiovisual (Ancine/Ministério da Cultura), tem patrocínio da Tractebel Energia e do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
 
 
O quê: exibição do documentário Brasil Orgânico na Bio Brazil Fair | BioFach América Latina http://www.biobrazilfair.com.br
Quando: dia 28 de junho, às 18h30
Onde: Auditório da Bienal do Ibirapuera, em São Paulo
Gratuito

+ informações

TEASER  vimeo.com/contraponto/brasilorganico
www.facebook.com/brasilorganico
www.contraponto.tv

CONTATO
Lícia Brancher  • (48) 3334.9805 / 9161.3114

terça-feira, 25 de junho de 2013