sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Chorinho no Flor da Mina hoje a noite

Hoje, sexta-feira, a partir das 20:00 hs, muito chorinho, chopp gelado e deliciosos petiscos na estréia do grupo DIVINA LUZ no FLOR DA MINA DO RIBEIRÃO RESTAURANTE E PETISCARIA.
Endereço: Rod. Baldicero Filomeno, 3100 (próximo ao Trevo do Erasmo)
Maiores informações : (48) 3235-3053

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Crônica: A DITABRANDA É MAIS DITA DO QUE A DURA?

por Raul Longo

Vamos à "ditabranda" da FSP! Em 83 viajei ao Chile, Argentina e Uruguai e, de fato, evidente que ali o modelo nazista de todas as ditaduras planejadas pela política norte-americana para Latino-América e implantado pelos milicanalhas destes países, foi bem mais truculento e matou muito mais gente do que o nosso. Mais crianças foram seqüestradas e, daqueles que tentaram resistir, menos os sobreviventes.
Mas considerar a ditadura brasileira mais branda por ter sobrevivido Dilma Roussef, José Dirceu, ou nós mesmos, como entendi de certos comentários, chega a ser de um cinismo, no mínimo, tétrico.
Fico me perguntando a razão e o sentido do termo utilizado pela Folha. Terá querido dizer que os estupros praticados nas sessões de tortura do Brasil foram mais brandos? Talvez minha amiga que durante meses foi diariamente estuprada por 8 homens, houvesse sido muito mais humilhada se fosse estuprada no Chile ou na Argentina.
Infelizmente ela não lê a Folha para perceber a sorte que teve em ser uma prisioneira brasileira, pois assim talvez conseguisse reconstituir-se de seu trauma e voltaria a ter uma vida normal, refazendo suas relações familiares desmanteladas.
E é uma pena muito grande que só agora a Folha nos informe que nossa ditadura foi uma ditabranda, pois se tempos antes, dois de meus amigos que se suicidaram e um que enlouqueceu, poderiam compreender que os choques nos testículos e o pau-de-arara daqui foi muito mais brando do que os de lá.
Vai ver que para a Folha a questão é idiomática, afinal o espanhol além de mais gutural, realmente é mais impositivo. Bem mais brando ser humilhado em português, claro.
Agora, a razão da Folha ter se referido à "ditabranda" talvez seja para justificar o empréstimo dos veículos da frota do Frias para as operações de repressão da SS, aqui versada em DOI-CODI ou DOPS, e que tais, que atingiram seus próprios colegas jornalistas.
Deve ser isso... Só pode ser isso, pois se a Folha se tornou árdua e constante defensora da linha política no governo de São Paulo e o atual governador do estado também foi um dos perseguidos pela ditadura, considerá-la, hoje, "ditabranda", seria nos induzir à conclusão de que a aliança PSDB - DEMO não foi mera questão de governabilidade para o governo FHC.
Mas espera um pouco aí... Lembro agora do FHC abraçado ao Bornhausen, que foi da linha dura da ARENA, pedindo votos ao candidato ao Senado do então PFL pelas TVs de Santa Catarina, afirmando não apenas ser seu aliado político, mas inclusive amigo pessoal.
E quando assisti a isso, reportei-me às primeiras campanhas políticas de FHC, ainda na época da Lei Falcão, quando enfatizava ter sido exilado pela ditadura. Todas essas recordações me dão um nó na cabeça. Afinal, se Bornhausen era um dos radicais da ARENA da ditadura que exilou FHC, quem seria o inimigo do FHC?
Bom... Ao menos isso já ficou claro e hoje todos sabemos que é o Lula. Mas faltava ainda essa explicação da Folha de que o exílio da nossa ditadura, ao menos para FHC e Serra, foi muito mais brando do que o exílio de uruguaios, argentinos e chilenos e do filho de um casal de amigos, coitado, brasileiro nascido na França que até hoje não consegue se estabelecer em lugar algum e, jovem, tem sérios problemas de depressão. Diagnóstico da psicóloga que o atende: síndrome do exílio.
Se nem os descendentes dos exilados e torturados brasileiros se aperceberam que nossa dita foi branda, por quais razões terá a Folha abordado o assunto, já que não foi para desculpar-se de sua ativa e notória participação e apóio ao regime nazista? Estará preparando nosso espírito e nos fazendo entender que FHC e Serra, como seus aliados, têm projetos ditatoriais caso retornem ao poder? Estranho é que até ainda há pouco quem tinha projeto de se eternizar no poder, era o Lula.
Vá se entender! De qualquer forma, lembrando que a de Getúlio foi de uns 15 anos e dos milicanalhas uns 20, dura ou branda, conforme previsto por Bornhausen, a dita Demo-tucana vai aí para uns 30 anos, não acha não?
Raul Longo
pousopoesia@ig.com.br
pousopoesia@gmail.com
www.sambaqui.com.br/pousodapoesia
Ponta do Sambaqui, 288688.051-001 - Floripa/SC
Tel: (48) 3206-0047

Veja matéria abaixo sobre o editorial da FSP e suas reações... (Mercadopúblico)

Intelectuais lançam manifesto de repúdio à Folha de S.Paulo

Redação
Agência Carta Maior /FNDC

Manifesto protesta contra um editorial publicado quatro dias antes pelo jornal, que minimiza os crimes da ditadura militar e classifica o período como "ditabranda". O texto também presta solidariedade aos professores Fábio Konder Comparato e Maria Victória de Mesquita Benevides, cuja indignação ao editorial foi classificada como "cínica" e "mentirosa" pela Folha.
SÃO PAULO - Um grupo de intelectuais lançou sábado (21) um abaixo-assinado na internet em repúdio à Folha de S.Paulo. O manifesto protesta contra um editorial publicado quatro dias antes pelo jornal, que relativiza as atrocidades da ditadura militar (1964-1985) e classifica o período como "ditabranda".
O texto condena "o estelionato semântico manifesto pelo neologismo 'ditabranda' e, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pos-1964". Segundo os signatários do manifesto, "a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do pais".
Outra motivação do abaixo-assinado foi prestar solidariedade aos professores acadêmicos Maria Victória de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato, cuja legítima indignação ao editorial foi tachada de "cínica" e "mentirosa" pela Folha. "Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro", diz o texto.
A íntegra do manifesto é a seguinte:
REPÚDIO E SOLIDARIEDADE
"Ante a viva lembrança da dura e permanente violência desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repúdio à arbitrária e inverídica “revisão histórica” contida no editorial da Folha de S. Paulo do dia 17 de fevereiro último. Ao denominar “ditabranda” o regime político vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do país.
Perseguições, prisões iníquas, torturas, assassinatos, suicídios forjados e execuções sumárias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no período mais longo e sombrio da história política brasileira. O estelionato semântico manifesto pelo neologismo “ditabranda” é, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964.
Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a “Nota de redação”, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta às cartas enviadas à seção “Painel do Leitor” pelos professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fábio Konder Comparato. Sem razões ou argumentos, a Folha de S. Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrários e irresponsáveis à atuação desses dois combativos acadêmicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante às insólitas críticas pessoais e políticas contidas na infamante nota da direção editorial do jornal.
Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro".

Juju Moura e Banda Regional do Armandinho no Jinga Bar

Nesta sexta-feira, dia 27/02, tem Juju Moura e Banda Regional do Armandinho apresentando Samba de Gafieira no Jinga Bar. O mais novo grupo de samba com a gostosa pegada da gafieira, é formado pelos músicos Armandinho de Floripa, Marco Aurélio do Trombone, Lê – no pandeiro, Neno – no tantan e Juju Moura – no vocal. Foi em meados da década de 1940 e durante a década de 1950, que o samba sofreu nova influência de ritmos latinos e americanos, surgindo aí o Samba de Gafieira, uma forma de tocar, adequada para as danças em pares. Muito tradicional no Rio de Janeiro, a gafieira é uma das misturas que saiu do samba, onde predomina a elegância e o respeito. Convide um bom par e confira!
Horário: 23:00 hs
Couvert: feminino - R$ 15,oo masculino - R$ 20,00
Endereço: Av. das Rendeiras, 1046 - Lagoa da Conceição.
Fone: (48) 3235-3637

Após o Carnaval, volte para a Barca!




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Hoje tem mais Baiacu em Santo Antônio de Lisboa





O Baiacu participou do carnaval de rua de Santo Antônio de Lisboa no dia 20/02 às 22h30.
Com o samba-enredo "Pescadores de Cultura", o Baiacu levou para o desfile toda a magia e o encanto dos personagens de Franklin Cascaes, as bruxas e boitatás.
Os puxadores do samba, Joana Cabral, Jackson Cardoso e Júlio Cesar, acompanhados dos músicos, fizeram o público cantar junto o samba enredo. A bateria, com 130 ritmistas e o grupo do Pau-de-fita de Sambaqui, com suas cores vibrantes, também fizeram uma bela apresentação.
O Baiacu está de parabéns, fez um belíssimo desfile através da sua bateria, dos bonecos, do grupo do Pau-de-fita, passistas, porta bandeira e de todos os membros do bloco.
Após o desfile a festa continuou na sede do bloco ao som da banda Gafieira Light.
O bloco repete a dose no desfile de hoje (23/02) a noite no mesmo local e horário (22h30).

Foto e texto do Bloco Baiacu de Alguém
veja mais fotos e mais detalhes no site do Bloco :

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quarteto de Clarinetes Nó na Madeira se apresenta no Teatro do SESC




O Quarteto de Clarinetes "Nó na Madeira" tem como objetivo levar ao conhecimento do público a riqueza do timbre, expressividade e versatilidade do clarinete, através de obras originais ou adaptadas a sua formação.
O quarteto é formado pelos músicos: Odair Altamiro (primeiro clarinete); Ricardo Napoleão(segundo clarinete) ; Daniel Rodrigues (terceiro clarinete) e Adriano Miranda no clarinete baixo (Clarone) e conta também com a participação de Gabriela Flor no pandeiro. O grupo apresenta um programa bastante eclético, que viaja do clássico ao choro.

O grupo se apresentará no Teatro SESC - Prainha, Centro da Capital, no dia 28.02 às 21:00 h.

Ingressos 10,00 inteira; 7,00 reais clube assinante DC e 5,00 p/ estudantes e comerciários.
Contatos: 48- 3346-7046 / 9902-5624 (Adriano)
Adriano Miranda adrianoclarisax@yahoo.com.br

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Show de Ivonita e convidados no Rancho Beira Mar




Bloco Baiacu de Alguém desfila em Santo Antônio de Lisboa






As camisetas para o carnaval estão sendo vendidas na sede do Bloco a R$ 35,00 até 18/02 (quarta-feira). Nos dias do carnaval (20 a 24/02) o valor passará para R$ 40,00. A aquisição da camiseta dá direito a participar de duas noites de carnaval no Baiacu que incluem o desfile nas ruas de Santo Antônio e o animadíssimo baile de carnaval na nossa sede, com a banda Gafieira Light, que acontecerá na sexta (20/02) e segunda (23/02) de carnaval.



OBS.: Só entra na festa pós desfile quem tiver a camiseta 2009.


Os desfiles e os bailes acontecem nos dias 20 e 23. A concentração na sede do Bloco começa a partir das 19h. O desfile será às 22h30.

O Bloco pede à todos que cheguem cedo para evitar dificuldades de estacionamento.

O espírito do carnaval é de muita paz, alegria, sem brigas e sem violência!!!.

Telefones para contato: 91011183, 99717762 e 32351183.

Maiores informações no site: http://www.baiacudealguem.com.br/

Dez teses sobre a economia do conhecimento



Redação
IHU Online /FNDC
O texto que segue contém algumas anotações que Franco Carlini (1944-2007), jornalista e ensaísta considerado um dos maiores especialistas italianos em Internet, havia anotado em vista de um livro que queria escrever, em colaboração com Patrizia Feletig, sobre as tendências “produtivas” na Rede. Pode ser lido também como “10 teses sobre a economia do conhecimento”, tema pelo qual Franco se apaixonou desde quando começou a participar da discussão dentro e fora da tela.
O texto foi publicado no jornal Il Manifesto, 20-01-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
* * * * *
1. No século XXI, parece, enfim, realizar-se a sociedade da informação, ou melhor, do conhecimento, mais vezes anunciada desde os anos 60. Isso ocorre por efeito conjunto da comoditização [1] dos bens materiais, da globalização e das tecnologias digitais desenvolvidas nos últimos 30 anos. O conhecimento, de simples instrumento do poder e da economia (ao serviço da inovação) se transforma, ele mesmo, em mercadoria.
2. A propriedade intelectual é um termo relativamente recente que quer transformar em direito universal e eterno, até mesmo natural, algumas formas históricas de proteção e incentivo à criatividade como copyright, patentes, marcas. O objetivo é criar uma escassez artificial, na qual, pela própria natureza do conhecimento, haja, pelo contrário, abundância. Essa estratégia de curta duração é experimentada pelas multinacionais dos saberes, mas corre o risco de frear a inovação técnica e social. Em todo o caso, está gerando contra-tendências e conflitos sadios.
3. Essa substituição do valor pelos bens imateriais é tanto favorecida quanto contestada pela revolução Internet. Ela é filha de tecnologias e regras “abertas” e produziu, sem que ninguém pudesse prever, uma não "market networked economy" (economia de mercado não-interconectada), com práticas e culturas diversas com relação tanto à economia de mercado quanto a de estado. O elemento caracterizador é a cooperação desde o momento da produção do conhecimento.
4. Para muitos, a cooperação é um mistério, até mesmo um erro do ponto de vista do utilitarismo e das versões vulgares do darwinismo. Pelo contrário, não há nada de misterioso, porque ela é o fundamento de todo sistema complexo. Diversos modelos foram propostos para explicar a insurgência e a perpetuação da cooperação nas sociedades humanas.
5. O utilitarismo, durante ao menos dois séculos, surgiu como a explicação dos comportamentos individuais e também como um manifesto programático para a sociedade e a economia, procurando suporte também no darwinismo. Ele apresenta tanto aspectos descritivos (do comportamento individual), quanto filosóficos (sobre a natureza do homem) e também prescritivos-programáticos. Na tentativa de manter um status culturalmente hegemônico a respeito dele, tentou-se, sem muito sucesso, compreender nele também a cooperação e o altruísmo.
6. Em apoio ao utilitarismo, a teoria do “homo oeconomicus” também teve um papel, ou seja, do decisor racional, um modelo cujos limites são evidentes há muito tempo. Para salvá-lo, avançou-se sobre a hipótese da racionalidade limitada, tratando os desvios do modelo como exceções que, porém, não o colocam em discussão. A economia experimental confirma que não se trata de erros. As ciências do cérebro indicam que os circuitos do pensamento lógicos e das emoções estão estritamente associados. A dicotomia entre os dois aspectos já é insustentável e deveria ser definitivamente abandonada.
7. Ainda mais inexplicáveis ao individualismo utilitarista são os comportamentos de altruísmo extremo e as práticas do dom. Longe de serem resíduos do passado ou confinados ao âmbito familiar, delineiam uma economia (se assim se quer chamá-la) cujos outputs são bens relacionais. O altruísmo da espécie humana é, verdadeiramente, como demonstra a literatura recente, um mistério que deve ser explicado, uma exceção com relação à natureza humana (e das sociedades humanas) que seriam intrinsecamente egoístas e utilitaristas? Nessa visão, o altruísmo apresenta-se como um remédio voluntarista, para a correção do mal intrínseco, um valor sobreposto à natureza egoísta, ao pecado original. Ou uma correção das falências do mercado.
8. O dom é insolente. O dom é dissipação. O dom é subversivo. O dom demonstra que o homem possui faculdades superiores à racionalidade. Porque, como defendia Blaise Pascal, o coração tem as suas razões que a razão desconhece. E justamente como todo transgressor, o dom é fascinante, porque cria tumulto, provoca rupturas, alimenta contestação.
9. Por sua vez, os bens relacionais estão na base das teorias da felicidade. Campo de pesquisa relativamente recente, assume os passos de um outro paradoxo que tal não é: a riqueza é, em certa medida, desprendida da felicidade, seja em escala individual ou coletiva.
10. Aqui, o círculo se fecha. As relações, o diálogo, as conversas, até mesmo a fofoca, são o fluido que anima a rede Internet. Geralmente, são produzidas peer to peer, compartilhadas com estranhos, e geram conhecimento global, que, por existir e crescer, deve se mover em círculo, em rede, como as inúmeras conchas das [Ilhas] Trobriand. O conhecimento como dom, não divino, mas da humanidade a si mesma. Alguns fatos e tendência permitem acreditar nisso.
Notas:
1. Por comoditização, entende-se a dificuldade cada vez maior que um produto tem para se diferenciar de outro, tanto do ponto de vista técnico quanto utilitário. Os produtos estão cada vez mais parecidos, similares, e a profusão de marcas e fabricantes amplia-se sempre mais.

Marchódromo de Florianópolis faz homenagem para Vadicão







Por Marcio Vieira

Articulado e promovido pelo Gabinete do Vereador e xará Marcio Pereira de Souza com apoio da Fundação Franklin Cascaes e Velha guarda da Protegidos da Princesa, o projeto "Marchódromo de Florianópolis" resgata as antigas marchinhas de Carnaval e revigora este estilo musical.
O criativo Maestro André Calibrina e a Banda Calibra animaram a festa neste sábado (14/2)
no Mercado Público, em frente ao bar do Alvin.
No ano passado o Marchódromo homenageou Nelson Wagner, um dos compositores da Copa Lord. Esse ano a honra coube a Vadicão, um dos fundadores do Bloco Batuqueiros do Limão que esse ano completa 40 anos.
Terça e quarta-feira o Marchódromo será na Travessa Ratclif, no Canto do Noel a partir das 19h.
Nas fotos, Calibrina, ver. Marcio e a banda calibra. No detalhe : Aurélio do Trombone e André Calibrina.
As fotos e informações são do
Artur de Bem
F: (48) 9969-0311





segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Flagrantes do Sambaqui neste último Domingo





Veja mais flagrantes do Rancho do Neco e do Telhado de Palha no último Domingo, dia 15 de fevereiro em: http://picasaweb.google.com.br/paulorw.floripa/Sambaqui
Fotos: Paulo Roberto <paulorw@hotmail.com>

Flagrantes do Berbigão do Boca na última sexta-feira


































Na última sexta-feira, dia 13 de fevereiro, o tradicional Berbigão do Boca deu a largada oficial do Carnaval 2009 de Florianoópolis.





quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Berbigão do Boca é nesta sexta-feira no Mercado






Por Marcio Vieira


A sexta-feira (13/2) está chegando e com ela o desfile do Bloco de carnaval que abre o carnaval da Ilha: o Berbigão do Boca. A festa começa no horário do almoço em frente do Mercado Público.
O Festival Gastronômico ocorre a partir das 13 horas e o título de "maior berbigãozeiro do Brasil" será disputado por 15 cozinheiros ou cozinheiras. Quem desejar degustar o molusco mais típico da cidade, através de sua receita mais autêntica que é o caldinho de Berbigão, deve aparecer no local do festival: um panelão com 30 quilos estará sendo distribuído gratuitamente pelo bloco de carnaval.
As camisetas 2009 podem ser compradas no Bar do Alvin, Box 32 e na Peixaria do Chico, no Mercado Público, ao preço de R$ 20. Depois é só pular, sambar e degustar berbigão.
Os vinte bonecos do Berbigão do Boca que homenageiam figuras históricas e folclóricas da cidade receberão três novos intergrantes : o maestro Tullo Cavallazzi, o sambista Avez-vous e o jornalista Ariel Bottaro Filho.
fotos: Marcio Vieira- Berbigão 2008, logo do BEBO.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Projeto Piano na Escadaria

Denise de Castro (piano e voz) e Marco Aurélio (trombone) fazem um repertório de bossa, jazz e MPB.
Data: 12/02 - Quinta-feira
Horário: 18:00 hs
Local: Escadaria do Rosário (em frente ao Bar Fratellanza) - Centro - Florianópolis
Entrada gratuita
Informações: (48) 3222-1416

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Flagrantes do aniversário da turma do Mercado Público















Já está virando tradição: vários associados da "turma do Mercado" tem feito suas comemorações de passagem natalina ao ar livre, em praça pública. O churrasco de aniversário de quatro membros permanentes da turma do Mercado Público foi realizada , no sábado passado (7/2), no quiosque da Praça Getúlio Vargas ( praça dos Bombeiros). Muita gente foi cumprimentar o Kiko, a Fafá, o Halem e a Tina ( veja Foto). Muita música e alegria durante uma tarde ensolarada no bar do Joel e do seu João.



Fotos: Paulo Roberto W. e-mail: paulorw@intercorp.com.br

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Juju Moura em dose dupla na Lagoa da Conceição

Dia 11/02, quarta-feira, Juju Moura e o Trio Bossa Samba e Água Fresca se apresentam na Inauguração do Bar Vidinha Mais ou Menos. A noite será de puro samba com repertório repleto de Martinália e Maria Rita.
Horário: 19:00 hs
Couvert: R$ 20,00 masculino / mulheres free
Endereço: Avenida Das Rendeiras, 622 - Lagoa Da Conceição
Dia 13/02, sexta-feira, Juju Moura se apresenta no Jinga Bar. A noite será de Samba de Gafieira, acompanhada da Banda Regional com Armando (violão), Neno (tantam), Ney Platz (sax) e Vander (pandeiro).
Horário: 23:00 hs
Couvert: R$ 15,00 (feminino) e R$ 20,00 (masculino)
Endereço: Av. das Rendeiras, 1046 - Lagoa da Conceição.
Fone: (48) 3235-3637

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Programação do Carnaval em Floripa: Uma nova escola que veio pra ficar: União da Ilha da Magia



Por Marcio Vieira
Andei pesquisando sobre a programação do Carnaval de Floripa em 2009. O site informativo que eu achei mais completo é o GUIA FLORIPA que tem de tudo. Do Carnaval de Rua as Escolas de Samba.
Veja o Site: http://www.guiafloripa.com.br/carnaval/index.php3


Faço um destaque: Este ano temos uma nova escola de Samba: a "União da ilha da Magia" da Lagoa da Conceição. Havia muitos anos que o Bloco vinha se preparando para esse momento. A escola é muito bem organizada e veio para ficar.
Veja o site da Escola : http://www.uniaodailhadamagia.com/

foto: União da ilha da Magia - site-divulgação

sábado, 7 de fevereiro de 2009

História do Carnaval de Floripa: Bloco Batuqueiros do Limão














Por Marcio Vieira

Um dos mais antigos e tradicionais Blocos de Carnaval da Ilha de Santa Catarina é o simpático Batuqueiros do Limão, do Bairro Saco dos Limões.
Fundado em 12 de Fevereiro de 1969, portanto há 40 anos alegrando os folguedos de Momo, por um dos maiores carnavalescos que a cidade já teve, Oswaldo Silveira, o Vadicão, tem hoje à frente seu filho Marcos Antônio Silveira, o Marquinho do Cavaco. Este Bloco reflete o espírito do carnaval de Florianópolis, sendo seus componentes em sua grande maioria filhos do bairro Saco dos Limões, com atividades profissionais das mais diversas, desde estudantes, funcionários públicos e profissionais liberais.
Sua história começa nos idos da década de 60, na Rua Belizário Berto Silveira, sob a batuta de Elção, Cido, João Galão, Leleco do seu Valoca, Deni, Marinho, Mamicão, Hamilton, Vadinho, Zéduardo, Dico, Paulinho da Laíde, Marquinho do Cavaco, entre outros, e os instrumentos eram confeccionados pelo Vadicão na sua própria casa, e posteriormente foram adquiridos pelos próprios componentes. Irradiando e representando o bairro com simpatia e respeitabilidade onde são convidados, “nosso maior orgulho foi e é até hoje as festas beneficentes que durante 14 anos consecutivos fizemos para os internos do Hospital de Colônia Santana, e por uma determinação duvidosa política, deixamos de fazê-las”, lamenta o Marquinho com uma angustia no coração. “Era um pouco que podíamos fazer por aqueles doentes. Tinha internos que infelizmente só tomavam banhos forçados durante o ano, mas para participar do concurso de Rei Momo e Rainha, estes mesmos faziam questão de serem os primeiros, e a alegria que brotava de seus olhos nas parcas horas de brincadeiras, era o apogeu de toda uma vida”.
Com uma média de 60 batuqueiros por dia/noite (é o único bloco que sai as cinco noites de carnaval, portanto, mais um orgulho), já está na quarta geração e pretende chegar a muitas outras.
Mas também é necessário fazer homenagens a aqueles que já partiram para o Oriente Eterno: Leleco do Valoca, Leleco Campos, Cris, Raul, Estevão, Vadicão e a esposa Iracy, Edinho, Catorraite, Aldo, Gonçalves, e os que de alguma forma contribuíram e participaram para o engrandecimento do Bloco. Batuqueiros do Limão, “o MAIS ANTIGO”, uma história dedicada à cultura e a tradição carnavalesca de Florianópolis.
Dados e fotos do orkut do Bloco Batuqueiros do Limão.
Mais informações com o Marquinho do Cavaco: marcosantoniosilveira@gmail.com
Nas fotos : Vadecão (ao centro do grupo) quando jogou no time do AVAÍ F.C. na década de trinta.
Duas fotos do Bloco em 2007 e uma última em 1978.






quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fevereiro de música e gastronomia no Flor da Mina do Ribeirão

Nesta quinta-feira, dia 05/02, a partir das 20 hs, Marcelo Frias e Jean apresentam ao lado de Artur uma noite de muita mpb, samba, forró e pop brasileiro.
Na próxima quinta, dia 12/02, a casa realiza o PAELLA LIVRE, um jantar dançante. Os 60 únicos convites já estão a venda ao preço de R$ 25,00. Bossa Acústica ao comando de Josué, Marcelo Frias e Jean respectivamente ao violão, bateria e contrabaixo acústico.
Endereço: Rodovia Baldicero Filomeno, 3100 (pertinho do Trevo do Erasmo)
Fone: (48) 3235.3053

Lula confirma realização da Conferência de Comunicação

Mariana Mazza
PAY-TV - FNDC
A 1ª Conferência Nacional de Comunicação parece que, enfim, sairá do papel. Na última sexta-feira, 30, o presidente Lula confirmou a realização do encontro em entrevista após participar do Fórum Social Mundial. "Nós vamos fazer agora é uma grande conferência sobre comunicação no Brasil", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula não deu detalhes sobre o cronograma do evento. A expectativa do Ministério das Comunicações é que o encontro ocorra no fim do ano, após a realização dos encontros regionais, que devem ter início ainda neste primeiro semestre.
Ao tratar do tema "comunicação", o presidente Lula desenterrou o debate sobre o PL 29/2007, projeto que pretende criar novas regras para a oferta de TV por assinatura no Brasil e para a produção audiovisual. Lula disse acreditar na existência de "quase um consenso" em torno do texto, o que facilitaria a sua votação. "Nós estamos trabalhando com todos os setores de comunicação para que a gente possa permitir uma flexibilidade maior aos produtores brasileiros", comentou o presidente. "Quero que este ano vote", complementou.
Desde a saída do deputado Jorge Bittar (PT/RJ) da Câmara dos Deputados para assumir a Secretaria de Habitação da prefeitura do Rio de Janeiro, o projeto está sem relator na Comissão de Ciência e Tecnologia. Mas, nesse momento, o texto tramita na Comissão de Defesa do Consumidor.
O atual presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Walter Pinheiro (PT/BA), elogiou a iniciativa do governo de convocar a Conferência de Comunicação. Segundo sua assessoria, o deputado considera o encontro um "passo importante para a democratização dos debates sobre as comunicações no país". Ainda segundo Pinheiro, temas como a revisão da Lei do Cabo e a regulamentação do conteúdo audiovisual devem estar presentes nos debates da conferência.
Essa lembrança da agenda para a conferência torna ainda mais incerta a possibilidade de que o PL 29/2007 seja votado antes do aprofundamento dos debates com a sociedade. Um dos pontos que sempre esteve presente nos debates deste projeto de lei era exatamente a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a política para o audiovisual, por meio da realização da conferência de comunicação.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Grupo Portal do Choro está de volta

Após um período de férias, o Grupo Portal do Choro está de volta. Neste sábado, dia 07 de fevereiro, o Grupo estará no Varanda´s Bar na Lagoa da Coneceição. Será um encontro para esquentar os tamborins para o carnaval e comemorar os 100 anos de Carmem Miranda.
Endereço: Av. das Rendeiras, 492.
Horário: 22:00 hs
Informações e Reservas pelo telefone: (48) 9933-3353

Senador Casagrande propõe instituição do serviço de televisão comunitária

29/01/2009
Geraldo Sobreira
Agência Senado
Aguarda recebimento de emendas, até o próximo dia 3 de fevereiro, projeto de autoria do senador Renato Casagrande (PSB-ES) destinado a instituir o serviço de televisão comunitária, que, entre outros objetivos, deverá ampliar a abrangência social desse veículo. A proposta, que tramita na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), complementa o serviço de radiodifusão comunitária sonora que é disciplinado pela Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998.
Segundo o projeto de Casagrande (PLS 483/08), assim como ocorre em relação às emissoras de rádio comunitária, o serviço de televisão comunitária será concedido a fundações e associações de caráter comunitário sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação de serviço, e será operado mediante a utilização da tecnologia do sistema de digitalização de sinais adotado no país. De acordo com o autor da proposta, a concessão do serviço segue "os mesmos delineamentos legais conferidos ao serviço de radiodifusão comunitária sonora (rádios)", bem como os mesmos princípios que caracterizam esse serviço.
Pelo texto do projeto, caberá ao poder concedente designar, em âmbito nacional, para utilização do serviço, pelo menos dois canais de operação de serviço de radiodifusão de sons e imagens, sendo um em VHF e outro em UHF, por região, dentro do Plano Básico de Distribuição de Canais Digitais (PBTVD) do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T).
A outorga que vier a ser concedida para esse serviço terá validade de 15 anos - cinco anos a mais do que o período autorizado para as rádios comunitárias. Fica permitida a renovação da outorga por igual período se todas as exigências da legislação vigente tiverem sido cumpridas.
O projeto foi apresentado por Casagrande em dezembro do ano passado e, depois da fase de recebimento de emendas, terá um relator designado e será votado, em decisão terminativa, na CCT.

A URDA DA CRÔNICA

Raul Longo
Não sei como nem por quais caminhos, um dia me invade a caixa de correio um subject interessante: Crônica da Urda!
Aquilo me intrigou, o que seria URDA? A sigla de algum novo grupo revolucionário das selvas latino-americanas? Uma nova seita muçulmana? Imaginei até a possibilidade de uma União de Reestruturação e Desenvolvimento da África.
Lembrava-me de uma fina banda Finlandesa: URGA ou algo assim que não conseguirei localizar agora entre a CDeteca. Algum neo-barbarismo escandinavo a romper as fronteiras internéticas, impondo-se à ordem aparente da civilização informatizada?
Quase inteiros, me vieram uns versos de antigo poema do Vinícius de Moraes. Nada a ver! Aquele era dos Cavaleiros Urias, e já não lembro se dos Montes Urais ou os uriates da itálica Úria. Desisti das cogitações e fui lendo a tal crônica. Não vou lembrar agora o tema, mas me encantou o jeito de contar, contando-se.
Depois daquela, as Crônicas da Urda foram chegando regularmente e, ao longo do tempo, fui descobrindo que havia ali uma urdidura maior, correspondendo-se a todas minhas desconfianças: Urda é do México, de Cuba, da Nicarágua, Venezuela, Colômbia e Bolívia. É da Argentina e do Uruguai. Mas também é da Palestina, do Irã, do Iraque. E, sem dúvida, é das savanas africanas.
E o mais interessante foi que nas Crônicas da Urda descobri uma mulher de todos os lugares e das mais diversas formas. Meio que mito metamórfico.
Numa crônica é uma mulher de faca nos dentes e botes certeiros pela língua ferina, arrostando poderes em frases duras de quem desafia sem se assustar com o tamanho dos covardes. O que, agora que sei do seu viver, é o que me assusta, pois embora se deduza que ninguém seria idiota de se expor ao risco de arriscar algo contra alguém tão querida e conhecida por tanta gente e por todo o mundo, há sempre de se prevenir com aqueles tantos que, além de covardes, são burros.
Mas a Urda nunca será de se negar a luta e ri de meus receios. Até porque se numa crônica ela é guerra e desafio, na outra já é carinho, saudade e memória, para na próxima ser ironia e esculacho. Mas até esculachar ela faz de tal jeito que o esculachado ficará em situação ainda mais difícil ao reagir ou ficar com raiva. Pra não piorar, melhor mesmo é pedir desculpas e enfiar a viola no saco. No carinho e na memória, é que mais gosto da Urda, embora tanto admire a guerreira e a Pomba-gira.
Refiz com ela o caminhar lento entre os tantos ornamentos e vegetais da sala, varanda e soleiras do Rio Vermelho, pra explodir de riso na lembrança daquelas molas a reproduzir o coito canino que o próprio Jorge Amado menoscabou na história do “Capitão Vasco Moscoso de Aragão – Comandante de Fragata”. Traquinas, fazia questão de acionar o brinquedo para atiçar a imaginação das visitas e encabular Zélia em seu comedimento paulista. Pois Urda conta como se abusou nos abusos do saudoso baiano.
Urda me levou pra Bolívia, me fez orar à Pachamama. Me meteu em guerras cruentas, me levou a passear pelas ruas e conversar com os cidadãos comuns como nós: eu e ela. E me fez ser malcriado com pequenos burgueses, prepotentes, idiotizados pelos próprios umbigos.
Provavelmente por ser capaz de tudo isso sem ter de ficar reafirmando intelectualismos ridículos ou dar carteiradas ideológicas, ela conquistou-me a coragem de lhe enviar coisas de minha autoria: crônicas, ou textos, ou artigos... O que sejam!
Sejam o que forem, agradaram, pois Urda se tornou dessas tantas boas amizades pela internet. Mais que isso, quando me dei conta, estava eu também espalhado lá pelos mundos da Urda, em textos que por sua iniciativa se distribuíram da Patagônia à Chiapas, do Cabo Verde a Moçambique.
Mas de que mundo seria o mundo da Urda? - me perguntava. Brasileira, sem dúvida. Talvez, como tantos outros amigos, caros, mas igualmente desconhecidos, lá do Ceará ou das Alagoas. Quem sabe, do Maranhão? Os de Goiás, Pernambuco e Brasília. Até Rondônia! Tantos no Rio de Janeiro e São Paulo. Salvador ou Camaçari. Poderia ser, ao menos, um pouco mais próxima como os do Rio Grande do Sul. Ainda mais, como os de logo ali, do Paraná.
Conversa vai, conversa vem, descubro a Urda aqui ao meu lado: em Blumenau. Então tirei a dimensão de meu isolamento e ostracismo, pois Santa Catarina inteira conhece e admira a Urda há muito tempo (exceção, é claro, daqueles a quem sua franqueza incomoda) e só eu, taciturno casmurro e sorumbático, é que desconhecia a Urda! De aí mais algum tempo veio a Urda lançar um seu livro e, não lembro o que, me impossibilita o atendimento ao convite.
Outra oportunidade foi nos encontros bolivarianos que também não pude acompanhar por, na época, estar estudando. Na mesma UFSC onde ocorriam os encontros, mas em aulas no mesmo horário. Recordo que um dia prometi chegar mais cedo para ao menos meia hora de papo e, enfim, conhecer a amiga que nessas alturas já me divertia em suas confissões pessoais, revelando-se um misto de Rita Lee e Violeta Parra, Mafalda e Rebordosa. Entusiasta de uma revolução com tesão, e vice-versa. Muito bom!
Mas por qualquer contratempo o encontro novamente não se deu.
Depois veio a tragédia de Blumenau, Itajaí e toda aquela região. Alguns dias sem contato e eu alarmado com o derruir daquilo tudo, já procurando Urda e Atahualpa (seu adorado companheiro canino) entre os destroços das notícias, até que ela consegue emitir sinais de sobrevivência, abrigada no depósito de sua editora.
Ufa! Mas de qualquer forma a preocupação: o que fariam naquela Pompéia, uma mulher e um cachorro desabrigados?
Crônicas, claro! E Urda se pôs a contar ao mundo a mesquinhez e os preconceitos intactos de uma estúpida classe média soterrada, mas ainda assim pedante.No entanto, sem nunca perder a sensibilidade, reportava também seus diálogos com os andarilhos, os que vagavam em busca dos bandos excluídos para chorar seus mortos e celebrar a sobrevivência. Em meio das perdas e tristezas de amigos e familiares atingidos, sem noção de qual rumo dar à própria vida, mais uma tragédia irrompe do outro lado do mundo e, na germânica Blumenau, uma solitária e insólita palestina caucasóide, envolta na bandeira do país ocupado e com a cabeça coberta pela hata (o turbante de losangos que na paz é branco e na guerra vermelho), faz questão de que se registre e se distribua sua foto ao mundo, comprovando em si a resistência contra o massacre na interiorana Blumenau.
Na sexta-feira passada vou atender a campainha e uma típica colona alemã, em inconfundível sotaque pergunta se sou quem me chamam pelo nome que me registraram. Confirmo e ela informa vir de uma dessas pequenas cidades da serra catarinense, em busca de hospedagem para 120 crianças. Explico não ter como acomodar nem a quinta parte disso, mas a mulher, num vestido rosa florido, choraminga em seu dizer socado, insistindo em ter de ser em minha pousada porque lhe fora indicada. Eu já impaciente com a teimosia da luterana quando, num sorriso e outra modulação na voz, se revela: “- Ô Raul! Não tá me reconhecendo? Eu sou a Urda.”
Sim! Era a Urda. Viera para a solenidade de formatura de um seu ex-aluno e, aproveitando a proximidade do Sambaqui, dera uma escapada e ali estava: dizendo-se ser a Urda Klueger de verdade! Mas como que eu poderia ter reconhecido a cocalera aimará, renhida defensora de Evo Morales, naquela versão de colona? Quando imaginaria que a anarquista espanhola tivesse uma voz tão calma e tranqüila? Naquela pele clara, não haveria como reconhecer a queniana que briga pelos direitos de suas irmãs! E nos olhos, nos cabelos claros, onde a guerrilheira palestina que me escrevia pedindo para transmitir recados aos companheiros do comitê de Florianópolis?
Entrou já anunciando sua urgência de retorno pela briga contra os desmandos de um prefeito e governo insensíveis e irredutíveis na pretensão de despejar os desabrigados sem lhes dar qualquer solução de moradia, apesar dos tantos bilhões das verbas federais e doações internacionais. Apenas sacudiu um pouco da poeira de sua difícil estrada, fazendo vontade de conversa mais delongada, e já se ia, me deixando uma bruta dúvida: seria mesmo a Urda?
Acompanhei-a até o carro, estacionado sob a árvore da praça em frente de minha casa. No vidro traseiro, duas frases. A de cima: "Se és capaz de indignar-te diante de qualquer injustiça, estejas onde estiveres, então somos companheiros." do Ernesto Che Guevara. Em baixo, uma do Lindolf Bell, o grande poeta de Blumenau: "Menor que meu sonho não posso ser."Reconheci logo. Sem dúvida alguma se tratava da autêntica Urda das Crônicas.
Raul Longo
Ponta do Sambaqui, 2886 88.051-001 - Floripa/SC
Tel: (48) 3206-0047

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Programação Semanal do Érico´s Música & Bar

02/02-Segunda-feira: Duo de Violões - Isaac Alves e Leandro Fortes
Música instrumental brasileira e jazz! Nascido em Florianópolis, Isaac Alves tem atuado desde 2002 em Florianópolis e recentemente na Suiça (onde residiu) e Alemanha, como violonista e guitarrista de música brasileira além de outros estilos, como o jazz. Autodidata, também freqüentou cursos em diversas escolas de música em Florianopolis, além de participar frequentemente de oficinas em festivais de música pelo Brasil. Teve aulas com Leo Garcia e Guinha Ramires. Entre os músicos com quem já realizou projetos estão Ademir Cândido, Julian Neumann, Samuel Huguenin, Felipe Coelho, Cristian Faig, Tie Pereira e Fernanda Rosa. O guitarrista e violonista Leandro Fortes iniciou seus estudos musicais ainda criança e vem atuando profissionalmente como instrumentista e professor de música. Vem se destacando como intrumentista, ganhando prêmios, entre eles o prêmio de melhor instrumentista no “I Festival da Canção UNESC”, acompanhando a vencedora do 1º Lugar e, recentemente o primeiro lugar no FEMIC, o maior festival de música catarinense, acompanhando a cantora Gabriela Nascimento. Nos Estados Unidos morou, estudou e tocou com diversos artistas, ampliando assim sua experiência musical. Vem se apresentando com diversos grupos de música brasileira e jazz e acompanhando diversas cantoras como Fernanda Rosa, Izabel Padovani, Romy Martinez, Gabriela Corrêa, Bárbara Damásio, Ângela Cristina, algumas que tivemos e outras que teremos a oportunidade de apreciar no palco do Érico's.
Couvert: R$ 10,00
03/02-Terça-feira: Guinha Ramires convida Ricardo Graça Mello
Guinha Ramires, violonista, compositor, arranjador, reconhecida personalidade cultural entre os apreciadores e produtores artísticos/musicais por sua contribuição para a qualificação da sonoridade brasileira e por sua técnica ímpar em dedilhar seu violão, convida, nesta noite, Ricardo Graça Mello para compor uma nova noite musical. Nascido no Rio de Janeiro, filho da atriz Marília Pêra com Paulo Graça Mello (irmão do produtor musical Guto Graça Mello), Ricardo soube aproveitar o talento herdado, transformando-se em ator, cantor e músico. Além de cantar, Ricardo compõe e toca violão, piano e baixo e possui uma extensa carreira artística.Atualmente, paralelamente às gravações do programa de humor Zorra Total e entre um e outro espetáculo teatral, faz shows pelo sul do Brasil com diversos formações.No repertório do cantor releitura de diversas canções da MPB e pop, além de composições próprias.
Couvert: R$ 10,00
04/02- Quarta-feira: Verônica Kimura Samba e Bossa
Com 20 anos de carreira a cantora Verônica Kimura tem seu trabalho inspirado nos grandes interpretesda MPB. Seu repertório traz a bossa nova, o samba e outros sucessos da música brasileira dentro de uma concepção jazzística, com improvisaçãoes e arranjos acaracterísticos. Acompanhada por grandes músicos da Ilha, este show promete fazer uma festa em homenagem à música brasileira legítima. Nesta noite aproveita ainda para comemorar seu aniversário, como não poderia ser diferente, em meio aos amigos e com muita música.
Couvert: R$ 10,00
05/02- Quinta -feira: Trio Cristian Faig, Isaac Alves e Ermanno Panta
O Catarinense Isaac Alves apresenta-se nesta noite com o flautista argentino Cristian Faig e o percussionista italiano Ermano. No repertório música instrumental étnica e world music, com arranjos vocais e instrumentais variados e com elementos de fusão entre diversos estilos como o samba, choro, flamenco, musica indiana, salsa, jazz e tango. Cristian nasceu em Buenos Aires em meio a uma família de músicos, o que o incentivou a tocar desde criança e de lá para cá fez parte de diversos grupos de tango, música erudita, jazz e folclore em Buenos Aires, realizou uma turnê pela Europa como flautista e cantor junto com o violonista Lucas Kohan, apresentando seu trabalho de tango e música popular nas cidades de Barcelona, Milan, Gotemburg, Zurich, Amsterdam, Praga, Salzburg e Mallorca. Em 2002 se muda para o Brasil, morando em Paraty, Ouro Preto e Salvador e participou de festivais como o de Curitiba e Tatuí. Em 2005 se mudou para Florianópolis, onde trabalha na Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (OSSCA) e Camerata Florianópolis, além atuar como professor na escola de musica Sol da Terra e integra diversos grupos de MPB e jazz. Em 2008 realizou uma turne pelo sesc com trio Ponteio junto a Eduardo Pimentel e Marcos Toteni de 20 shows por Santa Catarina.
Ermanno PantaA musica de Ermanno, percussionista e flautista, è o fruto de uma vida de viajante pelo mundo, nas suas ruas e nas suas culturas musicais. Estudante informal e ecletico de percussào em Sicilia, a terra dele, em Cuba, na Espanha e no Brasil recebeu influencias do son cubano, do flamenco e, com certeza, da musica tradicional do sul da Italia. O grande salto é uma experiencia musical na India em que estudou a flauta bansuri. Atuou em varios desses paìses tocando gèneros diferentes, misturando e levando um pouco de cada pais nos varios instrumentos: congas, bongo, cajon, bendir, pandeiros, flautas.
Couvert: R$ 10,00
06/02 - Sexta-feira: Fernanda Rosa Trio Natural de Porto Alegre - RS
Desde 2003 atua como cantora de música popular, realizando apresentações em bares e restaurantes de Florianópolis. Entre os trabalhos desenvolvidos estão os grupos Fernanda Rosa e Trio, Tributo a Chico Buarque e o Duo com Leandro Fortes. Atualmente cursa a graduação em Música na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), e estuda técnica vocal com a professora Samira Hassan. Também atua como professora de canto e freqüentemente participa de cursos e workshops em festivais de música. Em 2006 gravou sete faixas do CD “Lenga la Lenga - jogos de copos e mãos” coordenado pelos professores Sergio Freitas e Viviane Beineke, CD que esteve entre os três finalista do Prêmio TIM de Música – Categoria Música Infantil. E em 2008 recebeu no Festival da canção em Timbó, categoria nacional, o 3o lugar como melhor interprete de canções brasileiras. Nesta noite apresenta repertório da música brasileira acompanhada pelos talentosos Rafael Calegari (baixo) e Leandro Fortes (violão e guitarra).R$20,00 07/02- Sábado- feira: Janet , Joel & Bando Janet e Joel Brito são nomes conhecidos na região metropolitana de Florianópolis, principalmente pela singular interpretação de estilos musicais mais variados (Jazz, Blues, Bossa, MPB) e pela potente voz de Janet acompanhada pelo Sax de Joel. Ela, gaúcha radicada em Florianópolis - é considerada uma das melhores cantoras da Ilha- com a formação em duo voz-sax com Joel Brito, catarinense com mais de 30 anos de música em sua história, que já tocou com Sivuca , Luís Melodia, Grupo de Risco, entre outros. Em 20 anos de trabalho juntos, percorrem várias cidades levando sua música a casas de shows, teatros e eventos; na "Canja do JÔ Soares", destacaram-se entre as melhores "canjas"; e em seu novo projeto "Arte na Praça" farão apresentações itinerantes por vários lugares lançando e divulgando seu novo CD "O Silêncio das Estrelas" . Além de composições próprias e da infinidade de temas que a dupla tem juntas, esse é um show novo com integração de outros músicos. Compõe o Bando: Tito (baixo), Cícero (guitarra e voz) e Wilson Souza (bateria).
Couvert: R$ 20,00
Endereço: Av das Rendeiras, 470 - Lagoa da Conceição - Florianópolis / SC
Telefone:(48) 3233-2548