quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Em resposta à Claro, Oi começa a desbloquear celular em SP


Taís Fuoco
Exame -Reuters
Antes mesmo de estrear em São Paulo, maior mercado consumidor do país, a Oi está protagonizando uma disputa com a rival Claro, do grupo América Móvil .
Diante da estratégia da rival de obter uma liminar na Justiça paulista para impedir a divulgação de informações sobre desbloqueio de celular, a Oi, cuja estréia está prevista para outubro, decidiu começar no Estado o desbloqueio de aparelhos de qualquer outra operadora em sua rede de atendimento.
Segundo a Oi, o desbloqueio gratuito pode ser feito em cerca de 20 quiosques próximos às estações de metrô e junto a terminais rodoviários da cidade de São Paulo e em 20 vans que fará circular pelo interior do Estado. O site www.oi.com.br/sp informa os endereços.
O site informa que podem ser desbloqueados nas lojas da Oi modelos das fabricantes LG, Nokia, Motorola, Sony Ericsson e Samsung.
De acordo com informações da Oi, a liminar que a Claro obteve já fez com que o site "Bloqueio Não" fosse retirado da Internet.
"Como a Oi é a favor da liberdade, não poderia assistir a Claro violar o direito dos usuários à informação sobre o desbloqueio sem se manifestar a favor dos milhares de usuários de telefonia móvel", diz comunicado da Oi à imprensa.
A operadora foi a primeira a decidir pelo desbloqueio gratuito de aparelhos e pela venda de modelos sem bloqueio, em 2007, para que o cliente possa comprar o chip e utilizá-lo em qualquer modelo de terminal. Desde 2005, a estratégia da Oi é vender somente o chip.
O regulamento de telefonia móvel, que entrou em vigor em fevereiro deste ano, estendeu para todo o mercado a possibilidade do desbloqueio gratuito.
Uma operadora, entretanto, pode conceder um desconto ao cliente no aparelho e exigir, em contrapartida, que ele fique com o modelo bloqueado junto à sua rede por um determinado período, como explicou a assessoria de imprensa da Anatel.
Essa possibilidade existe, inclusive, para celulares pré-pagos, de acordo com a agência. Passado o prazo, a operadora é obrigada a desbloquear o aparelho gratuitamente.
Procurada pela Reuters, a Claro não deu retorno até o final da tarde.

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