Já sabe-se que uma criança treinada musicalmente terá, em geral, afinidade maior para os sons durante a sua vida. Agora, cientistas canadenses identificaram outras vantagens de estudar música desde pequeno.
O desempenho cerebral de crianças com 4 a 6 anos de idade, submetidas a lições musicais pelo método Suzuki, criado pelo pedagogo japonês Shinichi Suzuki (1898-1998), mostrou ser superior quando comparado a pessoas sem treinamento especial. Apenas quatro meses foram suficientes para que os primeiros resultados surgissem. O artigo One year of musical training affects development of auditory cortical-evoked fields in young children pode ser lido por assinantes em http://www.brain.oxfordjournals.org./
O desempenho cerebral de crianças com 4 a 6 anos de idade, submetidas a lições musicais pelo método Suzuki, criado pelo pedagogo japonês Shinichi Suzuki (1898-1998), mostrou ser superior quando comparado a pessoas sem treinamento especial. Apenas quatro meses foram suficientes para que os primeiros resultados surgissem. O artigo One year of musical training affects development of auditory cortical-evoked fields in young children pode ser lido por assinantes em http://www.brain.oxfordjournals.org./
Agora, um outro estudo publicado na revista científica Brain sugere que escutar música pode auxiliar a recuperação de pacientes que sofreram derrame.
Os cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, realizaram o estudo com 60 pacientes internados para se recuperarem de derrame e que apresentavam problemas de cognição, como dificuldade de concentração e memória.
Eles dividiram os pacientes em três grupos: o primeiro foi exposto à música durante duas horas por dia, o outro era formado por pacientes que ouviam livros-áudio e o terceiro não foi expostos a nenhum tipo de estímulo auditivo.
Após três meses de pesquisa, os cientistas observaram que a memória verbal melhorou em 60% entre os pacientes que ouviam música, comparado com apenas 18% do grupo dos livros-áudio e 29% entre os pacientes que não receberam estímulos auditivos.
Além disso, os pacientes do grupo que ouviu música durante a recuperação demonstraram uma melhora de 17% na concentração e na habilidade de controlar e realizar operações mentais e resolver problemas.
De acordo com Teppo Sarkamo, que liderou a pesquisa, a exposição à música durante o período de recuperação "estimula a atividade cognitiva e as áreas do cérebro afetadas pelo derrame, além de ajudar a prevenir a depressão nos pacientes".
Ele afirma ainda que terapia com música tem a vantagem de ser barata e de fácil realização.
Estímulos
Os cientistas têm várias teorias para explicar o impacto dos estímulos musicais na recuperação dos pacientes.
Segundo os pesquisadores, é possível que os pacientes que ouviram música tenham demonstrado melhora mais rápida, pois o estímulo musical poderia agir diretamente nas áreas do cérebro afetadas pelo derrame.
Outra possível explicação, segundo os cientistas, seria que a música poderia estimular os mecanismos relacionados a habilidade do cérebro em consertar e renovar as redes nervosas depois do derrame.
Além disso, outra teoria levantada pelo estudo seria de que os estímulos musicais poderiam agir na parte do sistema nervoso relacionada com o prazer, a gratificação e a memória.
Pesquisas
Sarkamo afirma que, apesar dos bons resultados, a equipe precisa realizar ainda mais pesquisas para confirmar os efeitos do estudo.
Ele ressalta ainda que não é possível afirmar que a terapia musical irá funcionar em todos os pacientes.
"Ao invés de uma alternativa, ouvir música deveria ser considerado como um tratamento adicional a outras formas de terapia, como a terapia da fala ou a reabilitação neuropsicológica", disse.
De acordo com Isabel Lee, da Associação de Derrames, o estudo é bem-vindo.
No entanto, ela afirma que "é necessário que a equipe realize mais pesquisas sobre o efeito da música nos pacientes de derrame antes do tratamento ser implementado em larga escala, já que os mecanismos destes efeitos ainda não estão claros".
Os cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia, realizaram o estudo com 60 pacientes internados para se recuperarem de derrame e que apresentavam problemas de cognição, como dificuldade de concentração e memória.
Eles dividiram os pacientes em três grupos: o primeiro foi exposto à música durante duas horas por dia, o outro era formado por pacientes que ouviam livros-áudio e o terceiro não foi expostos a nenhum tipo de estímulo auditivo.
Após três meses de pesquisa, os cientistas observaram que a memória verbal melhorou em 60% entre os pacientes que ouviam música, comparado com apenas 18% do grupo dos livros-áudio e 29% entre os pacientes que não receberam estímulos auditivos.
Além disso, os pacientes do grupo que ouviu música durante a recuperação demonstraram uma melhora de 17% na concentração e na habilidade de controlar e realizar operações mentais e resolver problemas.
De acordo com Teppo Sarkamo, que liderou a pesquisa, a exposição à música durante o período de recuperação "estimula a atividade cognitiva e as áreas do cérebro afetadas pelo derrame, além de ajudar a prevenir a depressão nos pacientes".
Ele afirma ainda que terapia com música tem a vantagem de ser barata e de fácil realização.
Estímulos
Os cientistas têm várias teorias para explicar o impacto dos estímulos musicais na recuperação dos pacientes.
Segundo os pesquisadores, é possível que os pacientes que ouviram música tenham demonstrado melhora mais rápida, pois o estímulo musical poderia agir diretamente nas áreas do cérebro afetadas pelo derrame.
Outra possível explicação, segundo os cientistas, seria que a música poderia estimular os mecanismos relacionados a habilidade do cérebro em consertar e renovar as redes nervosas depois do derrame.
Além disso, outra teoria levantada pelo estudo seria de que os estímulos musicais poderiam agir na parte do sistema nervoso relacionada com o prazer, a gratificação e a memória.
Pesquisas
Sarkamo afirma que, apesar dos bons resultados, a equipe precisa realizar ainda mais pesquisas para confirmar os efeitos do estudo.
Ele ressalta ainda que não é possível afirmar que a terapia musical irá funcionar em todos os pacientes.
"Ao invés de uma alternativa, ouvir música deveria ser considerado como um tratamento adicional a outras formas de terapia, como a terapia da fala ou a reabilitação neuropsicológica", disse.
De acordo com Isabel Lee, da Associação de Derrames, o estudo é bem-vindo.
No entanto, ela afirma que "é necessário que a equipe realize mais pesquisas sobre o efeito da música nos pacientes de derrame antes do tratamento ser implementado em larga escala, já que os mecanismos destes efeitos ainda não estão claros".
Dados da Agencia da FAPESP/BBC/G1
Para saber mais leia na íntegra:
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