segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Flagrantes do Bloco do Zé Pereira no Ribeirao da Ilha 2010: a festa foi linda, mas precisa de mais apoio









O Tradicional Carnaval de rua do Bloco do Zé Pereira novamente foi um sucesso. Mais de cinco mil pessoas se reuniram no Ribeirão para pular com a Banda da Lapa no quase centenário bloco do sul da Ilha. Pena que as autoridades e as elites locais não ajudam muito. Muito mal divulgado, com muito pouco apoio e com a proibição do horário noturno de diversão, nosso carnaval de rua teima em continuar existindo... A turma do Mercado Público, a turma do Berbigão do Boca, a turma do Baiacú de Alguém estavam lá confraternizando com o Zé Pereira.
E em nome da segurança pública, vimos o som do Berdigão do Boca acabar antes das nove da noite e milhares de pessoas ficarem em volta do Mercado, só conversando até altas horas, brincando sem música, bebendo bebida dos ambulantes ( os bares e restaurantes estavam fechados), com quase nenhuma viatura policial e pasmem: não vi violência alguma! Só gente lamentando não termos carnaval de rua no centro e no Mercado. A únicas bandas que tenho visto no centro, são apoios individuais: O marchódromo com a Banda Calibra, apoiado pelo Vereador Marcio Souza e a banda ( caminhão de Som) apoiada pelo Sindicato do Comerciários e pela FECESC. Pasmem, não é iniciativa dos comerciantes e sim dos empregados, os comerciários.

Mesmo o maravilhoso carnaval do Zé Pereira, pela sua importância, merecia um apoio institucional e da grande mídia bem maior. Ontem, a banda percorreu das três as quatro da tarde o centrinho do Ribeirão em seu caminhão e depois ficaram milhares de pessoas sem programação, com pouca música ( só tinha alguma coisa num pequeno palco central), com alguns blocos de sujos perdidos e uma multidão perambulando entre os milhares de carros engarrafados entre o centro do Ribeirão e a Rodovia Diomício Freitas onde tinha jogo do Avai.
Não poderiamos comparar o apoio institucional e o horário com o carnaval da Bahia, do Rio , de Pernambuco ou de São Paulo que seria covardia. Mas vamos comparar com Laguna, Morro dos Conventos e até Joaçaba onde o apoio e horário é bem mais amplo. O interessante é que não existe nenhuma pesquisa, nem por parte da polícia militar, que comprove o aumento da violência no carnaval do centro da cidade. Por sinal, um dos poucos lugares onde temos monitoramento de vídeo pela polícia. Só podemos chegar a uma conclusão: não interessa valorizar a cultura popular e muito menos divertir a população pobre e negra dos morros que habitualmente frequentavam os bailes populares do centro que este ano não acontecerão.

Marcio Vieira de Souza

fotos : Marcio Vieira

Um comentário:

Anônimo disse...

O que dificulta a divulgação do Bloco é que o mesmo não tem uma mídia pra se promover. Blocos como o Berbigão do Boca, Baiacu de Alguém e Sou+Eu possuem sites próprios. Outros, possuem perfis em redes sociais, como o twitter. Blocos Xegay, Fuzarka e Turma do Kisuco já aderiram. O Bloco do Zé Pereira tem uma única comunidade no Orkut mas não dá opções de contato para informações.