Artigo de Raul Longo
Por ter considerado inoportunas as manifestações de alguns setores de esquerda que apontam os erros do movimento revolucionário na Colômbia, prevendo que tais argumentos alimentariam as recorrentes justificativas para invasões e interferências das nações anglicanas em países de todos os continentes, um intelectual do primeiro mundo (ainda que de sua porção latina), me acusou de raciocínio binário, primário e simplório.
Menos de uma semana depois, o idiota que preside a mais poderosa nação do primeiro mundo, conforme o previsto, utilizou do mesmo discurso para enviar uma moção à ONU, pedindo a condenação internacional da Venezuela como protetora de terrorismo.
Mais alguns dias, e a Secretária de Estado Condoleza Rice vêm ao Brasil tentar nos convencer de que invasões de fronteiras e soberanias nacionais, plenamente se justificam para caça e extermínio do que entende como terrorismo ou integração de imaginários eixos do mal.
Neste exato momento, às 19:35 do dia 16 de março de 2008, estou acompanhando pelo canal de TV por assinatura A&E, uma das maiores concentrações humanas de que já tive conhecimento. Trata-se do show PAZ SEM FRONTEIRAS, promovido na tríplice-fronteira entre Equador, Colômbia e Venezuela.
Uma espetacular multidão vestida de branco e formada por jovens, crianças e idosos dos três países, recriminam qualquer possibilidade de conflito entre seus povos. São colombianos acenando com bandeiras do Equador, equatorianos com bandeiras da Venezuela, e venezuelanos com bandeiras da Colômbia.
Como disse há pouco um dos tantos artistas, cantores e músicos dos três países que lá se apresentam: "- Yo soy de acá, yo he nascido acá. Acá en Ecuador, Colombia, Venezuela. Acá en Latino-América!"
A multidão aplaudiu e repetiu por 3 vezes essas palavras, num claro recado aos que desrespeitam nosso continente e pretendem promover conflitos entre nossa gente.
Nossa gente que desde o final da manhã, sem arredar pé ocupa totalmente uma extensa área sobre a qual uma ponte liga estes países de um único povo, também totalmente ocupada.
E em coro aos músicos dos 3 países, desde a manhã a multidão grita: "- Que viva Colombia! Que viva Venezuela! Que viva Ecuador!"
Quando intelectuais e idiotas do primeiro mundo enfim desenvolverem alguma sensibilidade por nossa realidade, as multidões de Latino-América terão muito a lhes ensinar.
Raul LongoPouso da Poesia
Por ter considerado inoportunas as manifestações de alguns setores de esquerda que apontam os erros do movimento revolucionário na Colômbia, prevendo que tais argumentos alimentariam as recorrentes justificativas para invasões e interferências das nações anglicanas em países de todos os continentes, um intelectual do primeiro mundo (ainda que de sua porção latina), me acusou de raciocínio binário, primário e simplório.
Menos de uma semana depois, o idiota que preside a mais poderosa nação do primeiro mundo, conforme o previsto, utilizou do mesmo discurso para enviar uma moção à ONU, pedindo a condenação internacional da Venezuela como protetora de terrorismo.
Mais alguns dias, e a Secretária de Estado Condoleza Rice vêm ao Brasil tentar nos convencer de que invasões de fronteiras e soberanias nacionais, plenamente se justificam para caça e extermínio do que entende como terrorismo ou integração de imaginários eixos do mal.
Neste exato momento, às 19:35 do dia 16 de março de 2008, estou acompanhando pelo canal de TV por assinatura A&E, uma das maiores concentrações humanas de que já tive conhecimento. Trata-se do show PAZ SEM FRONTEIRAS, promovido na tríplice-fronteira entre Equador, Colômbia e Venezuela.
Uma espetacular multidão vestida de branco e formada por jovens, crianças e idosos dos três países, recriminam qualquer possibilidade de conflito entre seus povos. São colombianos acenando com bandeiras do Equador, equatorianos com bandeiras da Venezuela, e venezuelanos com bandeiras da Colômbia.
Como disse há pouco um dos tantos artistas, cantores e músicos dos três países que lá se apresentam: "- Yo soy de acá, yo he nascido acá. Acá en Ecuador, Colombia, Venezuela. Acá en Latino-América!"
A multidão aplaudiu e repetiu por 3 vezes essas palavras, num claro recado aos que desrespeitam nosso continente e pretendem promover conflitos entre nossa gente.
Nossa gente que desde o final da manhã, sem arredar pé ocupa totalmente uma extensa área sobre a qual uma ponte liga estes países de um único povo, também totalmente ocupada.
E em coro aos músicos dos 3 países, desde a manhã a multidão grita: "- Que viva Colombia! Que viva Venezuela! Que viva Ecuador!"
Quando intelectuais e idiotas do primeiro mundo enfim desenvolverem alguma sensibilidade por nossa realidade, as multidões de Latino-América terão muito a lhes ensinar.
Raul LongoPouso da Poesia
Ponta do Sambaqui, 288688051-001 - Floripa/SC
Tel: (048) 3335-0047
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