O Sistema Fiep e parceiros lançaram no GFAL a Escola-de-Redes, iniciativa internacional que congrega pessoas dedicadas à investigação teórica e à disseminação de conhecimentos sobre redes sociais
Só é sustentável o que tem estrutura de rede. Uma empresa sustentável é aquela que trabalha com redes distribuídas e possui modelo de gestão e padrão de organização horizontais, sendo capaz de se adaptar a mudanças, de acordo com as circunstâncias, mantendo a congruência. A opinião é do professor e analista político Augusto de Franco, que participou da pós-Conferência Redes Sociais e Sustentabilidade, nesta sexta-feira (20), em Curitiba, durante o Global Forum América Latina, encontro promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), de 18 a 20 de junho.“A organização em rede é necessária. As teorias e experiências são importantes, mas de nada adianta se não houver modelos organizacionais que proporcionem integração e disseminação das informações, como numa rede”, disse o presidente do Sistema FIEP, Rodrigo da Rocha Loures.O espanhol David de Ugarte associa redes e sustentabilidade, afirmando que somente uma rede distribuída, que tenda para a auto-produção e use a rede para equilibrar e compartilhar excedentes, é sustentável. “A sustentabilidade é essencial à vida. Temos que nos aproximar da sustentabilidade num plano social, econômico e ambiental, sempre pensando na inter-relação entre as pessoas e o papel das redes.”Franco acredita que entre os grandes desafios colocados para o setor empresarial neste início do século 21, o da sustentabilidade é o principal. “Ele exige que a empresa atue como agente de desenvolvimento, que saiba fazer a gestão da sua rede de stakeholders, mudando seu padrão de organização e democratizando progressivamente seus procedimentos internos e externos”, afirma Franco, ressaltando que enfrentar tais desafios da sustentabilidade pode ser a única maneira de aumentar a garantia de futuro. “Uma empresa sustentável funciona como um ecossistema, em que cada um dos pontos trabalha independente. As grandes empresas já trabalham desta forma”, afirmou.Para Ugarte, uma rede social é um conjunto de pessoas unidas por uma identidade. A característica mais importante numa rede social é a topologia, que pode ser centralizada, descentralizada ou distribuída. “Quanto mais próximos estejamos da rede distribuída, menor será o poder do filtro do grupo articulador dessa rede e maiores as tendências de auto-regulação”, disse.
Escola-de-Redes -
Durante a pós-Conferência foi lançada a Escola-de-Redes, uma iniciativa internacional que congrega pessoas dedicadas à investigação teórica e à disseminação de conhecimentos sobre redes sociais e à criação e transferência de tecnologias de netweaving (articulação e animação de redes), que terá um primeiro ponto no Brasil na cidade de Curitiba.A Escola-de-Redes é uma iniciativa do Sistema Fiep, Sociedade das Índias Eletrônicas e outras instituições, que reunirá empresários, academia e sociedade civil do Brasil e exterior que trabalham com redes sociais. A Escola promoverá estudos e pesquisas, cursos, encontros, conferências e publicações. Organizará bibliotecas físicas e virtuais e espaços de leitura individual, de reflexão coletiva e de trabalho conjunto.Em Curitiba, a Escola será coordenada pelo analista Augusto de Franco. Os interessados em participar da iniciativa devem acessar o site www.escoladeredes.org Parceria – Durante a conferência, foi assinado o termo de parceria entre a Fiep e o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) para a disseminação das atividades da Rede de Participação Política do Empresariado, movimento apartidário criado para promover a articulação da sociedade por meio de ações sintonizadas com outras iniciativas do setor empresarial no âmbito nacional. O objetivo é estimular o empresariado, as profissões liberais e toda a sociedade a participarem continuamente da política, juntando os esforços das duas entidades. Assinaram o convênio o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, e o presidente do IEP, Luiz Cláudio Mehl.“Não dá para ser socialmente, ambientalmente e economicamente responsável sem assumir a responsabilidade política. Esta parceria com o IEP é de extrema importância para praticar o exercício da cidadania”, afirmou Rocha Loures.
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